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Protestos e confusão no dia de paralisação da Afasc

Manifestação começou às 6 horas desta quinta-feira

Foto: Douglas Saviato/Engeplus

Foto: Douglas Saviato/Engeplus

Uma manifestação mobilizou funcionários da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) na manhã desta quinta-feira.  A movimentação começou às 6 horas na área central de Criciúma em frente ao Centro de Educação Infantil (CEI) do colégio Lapagesse. Profissionais que atuam instituição não aderiram à greve, mas a categoria que estava em protesto no local não deixou nenhum profissional entrar para trabalhar. Apenas a diretora da instituição e o guarda entraram.

Em entrevista ao programa João Paulo Messer, da rádio Eldorado AM, a diretora Márcia Peruchi afirmou que precisou enfrentar a resistência de pessoas que não reconheceu como funcionários da Afasc para poder entrar na escola. "Não temos crianças para atender porque fomos impedidos, mas deveríamos ter recebido. Penso que a greve só deve ocorrer quando as negociações estiverem esgotadas, e as negociações estão paradas. Não vejo problema em parar, mas o combinado era uma manifestação pacífica na prefeitura, mas não é o que está acontecendo".

Conforme o site Engeplus, houve discussões em frente ao colégio logo no início da manhã, quando algumas crianças chegavam. Os pais que estavam no local alegaram que não foi dado nenhum aviso referente à paralisação desta quinta-feira. Conforme a professora e uma das integrantes da manifestação, Suzana Fernandes, todos os 27 CEIs do município alertaram os pais. 

"Apenas o CEI do Lapagesse não avisou. Eles pensavam que não iria dar em nada, mas vamos lutar pelo que é nosso”, ressalta. Ela acrescenta que os professores sofrem ameaças e por isso não aderem à greve. Nenhum professor da instituição quis se identificar. A categoria também alega que nessa época não é a melhor opção de entraram em uma greve.

Pedro Cardoso foi um dos pais surpreendidos nesta manhã. “Minha esposa veio deixar meu filho, de quatro anos de idade, mas deu de cara com isso. Ontem falaram da greve, mas não relataram que iriam atender as crianças”, destaca. “Agora ela vai perder um dia de trabalho, pois não temos onde deixar nosso filho”, ressalta. As professoras da Afasc do colégio Lapagesse, reprovam a paralisação e relataram que todos os pais foram avisados.

Passeata nas ruas de Criciúma

Por volta das 7 horas, professores começaram uma caminhada que saiu da prefeitura de Criciúma e ganhou as ruas da cidade. Munida de cartazes, apitos, faixas e narizes de palhaçs, a categoria passou pela avenida Centenário e se encaminhou ao CEI Lapagesse.

Conforme um das professoras que estavam à frente da passeata, Eliziane Machado, existe uma informação de que o município possui uma quantia do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, mas que não é repassada aos CEIs. “Estima-se que sejam R$ 2,4 mil por aluno. Queremos saber por que esse dinheiro não é repassado para a Afasc”.

Às 13 horas, a categoria se dirigiu à antiga prefeitura, na rua Anita Garibaldi, na sede da Afasc. Às 17h30min, uma assembleia será realizada com a categoria para decidir os próximos passos. “Vamos ver se continuamos neste movimento, lembrando que estamos abertos a qualquer negociação”.

Saiba mais

A categoria revindica melhores condições de trabalho, reajuste salarial de 22%, regência de classe, número adequado de alunos por sala, salubridade aos profissionais de apoio, aqueles que atuam na área de serviços gerais, além de um reajuste salarial para estes profissionais no valor de 12%.  Em Criciúma são 27 creches, 527 professores, 31 auxiliares, 160 serventes e 64 estagiários. Ao todo, são atendidas 4.374 crianças de zero a quatro anos.