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Puma ameaçado de extinção é fotografado na Reserva do Aguaí

Foto: Júnior Santos/Portal Satc

Foto: Júnior Santos/Portal Satc

Um Puma concolor, também conhecido como onça-parda, leão-da-montanha ou leão-baio, foi fotografado na reserva Biológica Estadual do Aguaí, no último domingo, 13. Em nove anos de pesquisa, este foi o primeiro registro do animal realizado pelo Instituto Felinos do Aguaí. Em Santa Catarina, a espécie está ameaçada de extinção.

A foto foi obtida por meio de armadilhas fotográficas. Conforme o fotógrafo e pesquisador do projeto, Júnior Santos, a imagem foi capturada na crista da serra, a uma altitude de 1000 metros.

“Os locais escolhidos para a instalação dos equipamentos estão ligados aos vestígios dos animais, como pegadas, fezes, marcas de arranhões em árvores, cheiro de urina, carreiros na mata, presença de rios e tocas. As câmeras são acionadas por sensor de movimento quando o animal passa pelo campo do visor”, explica.

O animal fotografado é um macho adulto, com peso entre 40 quilos e 60 quilos.Conforme a bióloga Micheli Ribeiro Luiz, a cor da pelagem do Puma concolor pode variar conforme a região que habita.

“Os animais que vivem em áreas abertas têm uma tonalidade mais clara. O tamanho varia pela região e sexo. Os machos podem chegar até 100 quilos, mas o peso médio fica entre 30 quilos e 60 quilos”, acrescenta. 

A característica da espécie é a cauda longa que pode atingir até 60cm e tem a ponta preta. As presas favoritas do Leão-baio são mamíferos silvestres, como tatus, capivaras, veado e roedores. 

A espécie pode ser encontrada em quase toda a América. Micheli explica que algumas regiões o animal é considerado extinto. “A onça-parda pode ser encontrada em boa parte da Argentina até a metade oeste da América do Norte. Na reserva não há registro de quantos indivíduos existem”, explica. 

Pesquisa iniciada em 2006

O objetivo do estudo é identificar os felinos silvestres que vivem na reserva e educar as pessoas para a conservação do meio ambiente. “Em longo prazo podemos desenvolver um plano estratégico de preservação da espécie. Para a população o registro mostra o quanto é importante manter vivo este animal na floresta, pois ele é um componente fundamental na cadeia alimentar”, frisa Santos.

Animais na reserva 

Além do Puma concolor, existem quatro espécies de felinos silvestres que vivem na reserva. Jaguatirica (Leopardus pardalis), Jaguarundi (Puma yagouaroundi), Gato-do-mato (Leopardus guttulus) e Gato-maracajá (Leopardus wiedii).

Conforme a bióloga, a Reserva Biológica Estadual do Aguaí, compreende os municípios de Morro Grande, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso. O Instituto Felinos do Aguaí desenvolve projetos que visam a pesquisa, educação ambiental e envolvimento com as comunidades locais. 

A sede do instituto está localizada em Siderópolis, na comunidade de São Pedro. O trabalho do Felinos do Aguaí é realizado durante todo o ano e é mantido pelas Empresas Rio Deserto, como o apoio da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma).

Com informações do Portal Satc