Segurança

Quadrilha que matou brutalmente casal içarense no RS é denunciada pelo MP

Dois homens seguem foragidos; mentor do crime morreu na prisão

Foto: Divulgação DEIC RS (criminosos foragidos)

Foto: Divulgação DEIC RS (criminosos foragidos)

O Ministério Público – MP do Rio Grande do Sul denunciou cinco integrantes daquadrilha que assassinou brutalmente um casal içarense, na noite de 26 de agosto de 2015, no estado gaúcho. O corretor de imóveis, Paulo César Raichaski, de 42 anos, e a esposa dele, Solange de Lima Vargas, de 35 anos, foram até o estado vizinho com o objetivo de fechar um negócio acerca da venda de uma residência no Balneário Rincão, avaliada em R$ 80 mil, mas acabaram sendo vítimas de uma emboscada.

De acordo com reportagem desta segunda-feira do Jornal da Manhã, o mentor do crime, Wladimir Luciano Israel de Jesus Zeferino, de 38 anos, o primeiro a ser preso, sofreu um infarto fuminante e morreu na prisão, em Porto Alegre (RS).

Conforme o delegado Marco Guns, responsável pelo caso, o MP ofereceu denúncia contra a quadrilha pelos crimes de duplo homicídio quadruplamente qualificado (meio cruel, motivo torpe, emboscada, sem chance de defesa à vítima), associação criminosa armada, extorsão e ocultação de cadáver.

Se a justiça aceitar a denúncia do MP, eles enfrentam júri popular por conta do duplo assassinato. A autoridade acredita que a condenação pode chegar próximo dos 100 anos.

O crime

Naquele dia, o casal saiu de Içara e seguiu para São Leopoldo (RS) para encontrar Wladimir no cartório, mas foram atraídos para a residência dele após um convite para tomar café. Quando as vítimas chegaram no local, foram rendidas, amordaçadas, amarradas e torturadas. Ainda na casa, Paulo César foi assassinado após ser estrangulado por uma corda e receber socos na garganta. Solange também foi estrangulada.

As vítimas foram levadas até uma estrada na Praia de Paquetá, em Canoas, no banco de trás do próprio carro, um Chery, que foi incendiado em seguida. Em depoimento, um dos criminosos informou que no trajeto Solange teria se mexido, o que a polícia leva a crer que a mulher foi queimada viva.

Wladimir ainda cogitou que as vítimas fossem esquartejadas, e que os pedaços dos corpos fossem jogados aos cães da casa e também enterrados no quintal, mas acabou desistindo para não deixar rastros de sangue.

Dois seguem presos

O processo tramita no Poder Judiciário gaúcho, dos sete indiciados pela Polícia Civil, dois seguem foragidos, dois estão presos, um está morto, outro responde em liberdade e uma mulher foi excluída dos autos na fase judicial.

Os foragidos são Evandro Francisco Padilha Everton Machado Borba, considerados de alta periculosidade. Eles são procurados também por crimes cometidos em Mato Grosso e Paraná. Em relação ao paradeiro dos envolvidos, denúncias podem ser efetuadas aos números (51) 8594-1025 ou 181, de forma anônima. 

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