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Queda no número de postos de trabalho preocupa Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense

Setor tem um dos maiores pisos salariais em Santa Catarina.

Industria plástico

Foto: Divulgação

O Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense – Sinplasc contabilizou uma redução de 368 postos de trabalho no ano de 2016. O setor segue com forte queda de vagas, ainda impactado pela crise em grandes empresas da região. Em 2015, pelos cálculos do Sinplasc, o número de demissões chegou a 920. Atualmente o Setor Plástico possui cerca de 8.500 trabalhadores nas regiões da Amrec, Amesc e Amurel, onde atuam 178 empresas.

Enquanto isso, um estudo elaborado pelo Sinplasc em conjunto com a equipe econômica do Observatório Industrial da FIESC aponta que, ao longo dos últimos onze anos, os menores salários praticados chegaram a uma diferença de R$ 252,97 acima das demais regiões do estado. O reajuste no valor dos salários foi 67% acima do valor corrigido pela inflação neste mesmo período.

Uma grave conseqüência disso é que apenas no último ano as empresas do sul do estado tiveram um custo com folha R$ 47 milhões maior que o custo das empresas das outras regiões, resultado do Ganho Real Acumulado que foi concedido pelas empresas do sul do estado ao longo dos últimos 11 anos, 162% maior que o Ganho Real Acumulado concedido pelas empresas de outras regiões de SC.

O estudo também aponta um baixo índice de utilização da capacidade produtiva instalada, com 67% de aproveitamento, desempenho inferior à média nacional, além de queda de 7,9% nas vendas comparado ao ano anterior.

Esses números são muito preocupantes, segundo Elias Caetano, executivo do sindicato patronal, pois refletem o momento de dificuldade que o setor vem passando há anos consecutivos, com o agravante da perda de competitividade regional enquanto o salário pago na região tem sido bem mais alto que em outros lugares. “20% das empresas afirmam que projetam reduzir ainda mais seus quadros de trabalhadores em 2017″, analisa Caetano.

“Que bom que os nossos colaboradores obtiveram todos estes ganhos no passado, porém neste momento isso não é mais possível. Se este padrão se repetir nos próximos dez anos as consequências serão muito prejudiciais do ponto de vista da sustentabilidade dos negócios, podendo impactar severamente toda a economia regional”, completa.

Por estes motivos as empresas consideram as propostas recebidas do Sindicato dos Trabalhadores impraticáveis neste contexto e oferecem como reajuste salarial 80% do INPC para a próxima Convenção Coletiva de Trabalho com data base em 1º abril. Uma primeira reunião de negociação com o sindicato laboral foi marcada na próxima quarta-feira para tratar do assunto.

Colaboração: Novo Texto Comunicação

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