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Radiação ultravioleta é a principal causadora do câncer de pele

Nas últimas semanas os termômetros da região variaram entre 30°C e 40°C, causando sensação térmica de até 45°C

A radiação ultravioleta (UV), por exemplo, é a que mais prevalece nesta época do ano, sendo a principal causadora do câncer de pele.

Conforme o doutor em Climatologia Márcio Sônego, da Epagri de Urussanga, o calor do Sol é responsável pelas radiações. “A luz solar abrange os mais diversos tipos de radiação. As que enxergamos são as com cores, que varia da violeta até a vermelha, e as que não enxergamos são as radiações mais comuns ultravioleta e infravermelha”, explica.

Segundo ele, a radiação infravermelha é o próprio calor, “o que esquenta o ar”. E a UV é a radiação energética, e mais intensa. Ela é somada pela temperatura do Sol e a transparência da atmosfera.

“Esta época do ano estamos mais próximos do Sol e por isso se torna mais intensa a radiação UV”, conta Sônego. Conforme o doutor, até em dias nublados com nuvens finas a radiação UV está presente. “O único momento que ela não vai conseguir passar, será quando as nuvens estiverem grossas e chovendo”, afirma.

De acordo com Sônego, do dia 15 de dezembro até o próximo do dia 15 de janeiro, a radiação será ainda maior. E no dia 21 de dezembro, a Terra passará por um Solstício, fenômeno em que a radiação solar se diferencia entre os hemisférios. “O hemisfério Sul ficará mais próximo ainda do Sol, e em consequência mais radiações. E o Norte ficará longe, com radiações muito fracas”, explica. “É muito importante que as pessoas se protejam e cuidem para não sair em horários que a radiação está mais forte”, ressalta.

O médico dermatologista Nage Mounzer aponta que a radiação UV, além de causar queimaduras agudas, pode ser causadora de doenças crônicas como o câncer de pele e o envelhecimento precoce. “É importante que as pessoas se protejam entre às 10 horas da manhã e às 4 horas da tarde, quando a radiação solar está mais forte”, indica. “É necessário usar neste período o protetor solar com fatores maiores que 30, e repassar ao longo do dia nas áreas não cobertas pela roupa”, apontou em entrevista ao Portal Satc.

Além do creme protetor, Mounzer ainda aconselha o uso de chapéus, bonés ou até mesmo sombrinhas. “Qualquer barreira física é importante para se proteger do sol”, diz.

De acordo com o dermatologista, o câncer de pele é uma doença que inicia seu aparecimento na fase adulta ou idosa. Ele se caracteriza pela presença de pequenos ferimentos nas principais regiões do rosto, costas e tórax. “A pessoa não sente dor. É uma lesão pequena, mas que pode sangrar e aumentar de tamanho”, explica o médico. “Esses ferimentos não cicatrizam, sangram com facilidade. Por exemplo, se você for secar o rosto com uma toalha, ele vai sangrar. Mas isso varia, e a pessoa deve procurar fazer uma avaliação com dermatologistas”, aponta.

Os lados positivos da radiação UV

O doutor em Climatologia Márcio Sônego, da Epagri de Urussanga, aponta que apesar de tanto danos à saúde que a radiação ultravioleta pode causar, existem benefícios desconhecidos. “A radiação ultravioleta limpa o ar”, diz.

Segundo ele, quando uma casa de praia, por exemplo, fica muito tempo fechada, ela deve ser aberta e os colchões e tecidos devem ser colocados no sol para liberar bactérias que podem prejudicar a respiração. “A radiação UV mata ácaros, seres vivos unicelulares e microorganismos do ar, que podem causar problemas de respiração”, esclarece.

Além disso, ele pode ajudar o sistema de defesa das plantas. “Por causa do calor, elas tendem a aumentar, alterar a grossura para se defender”, aponta.

De acordo com os dados divulgados pela Epagri/Ciram de Santa Catarina, a radiação ultravioleta pode variar índices de 1 a 14. Indicando níveis baixo, moderado, alto, muito alto, e extremo.