Revendedor Claudemir Santos relata que, em Chapecó, as vendas caíram
O impacto do reajuste no preço do gás de cozinha chegou para o consumidor, mas também para os estabelecimentos de revenda do produto. O valor médio de comercialização para as distribuidoras foi ajustado em 16,1% na última semana. Revendedor em Chapecó, Claudemir Santos diz que. desde o reajuste, as vendas diminuíram. As informações são do g1.
Segundo o que conta, há famílias abrindo mão de alimentos para conseguir comprar um botijão de gás. Em Chapecó, um utensílio de 13kg está sendo vendido, em alguns estabelecimentos, por R$ 140,00.
– As pessoas simplesmente não têm como pagar. Muitas famílias que visito chega a dar dó e o pior é que não tem como fazer o preço antigo, pois já pagamos pelo preço atualizado – afirmou Claudemir.
Para que as vendas não caiam de forma drástica, Claudemir diz que tenta não passar todo o valor do reajuste aos consumidores.
– Quase nunca conseguimos repassar esse aumento de forma integral, então muitas vezes saímos perdendo. Nessas condições, dá até vontade de desistir do ramo, desanima bastante – disse.
Apesar disso, ainda assim há famílias que precisam optar pela compra do botijão ou de alimentos. Osana Teles dos Santos, também de Chapecó, possui cinco filhos. Como a família vive com um salário mínimo, a dificuldade de comprar um botijão de gás deixa todos apreensivos com as contas.
– Aqui em casa, um botijão de gás dura 15 dias, às vezes, dura um mês, mas é raro. De manhã, tem que dar café para as crianças, ao meio-dia, a gente faz almoço. De tarde, eles estão com fome e tem que preparar um lanche e, de noite, de novo, antes de dormir, eles precisam se alimentar. O fogão aqui fica aceso boa parte do dia – contou.
Além do gás, Osana lembra que tem o aluguel da casa e mercado para pagar no fim do mês.
– São R$ 20 ou R$ 10 que fazem a diferença no fim do mês. Eu usaria esse dinheiro para comprar leite, uma bolacha, um achocolatado para as crianças. É muito difícil, porque às vezes eles pedem as coisas, e a gente não tem condições de comprar. Agora mais ainda, com tudo caro. Dói o coração ver eles pedindo e não poder dar – conta.
Com informações do NSCTotal