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Reconstituição em casa noturna aponta que vítima não teve defesa

MPSC denunciou nesta terça jovem que confessou ter cometido o crime

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A reconstituição do crime contra o estudante Diogo Cuiabano Medeiros realizada na manhã desta terça-feira (7) em Florianópolis apontou que a vítima não teve possibilidade de defesa, afirma a Polícia Civil. "Todas as provas coletadas indicam que realmente a vítima não teve reação e que não teve possibilidade de defesa", afirma o promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto.Diogo morreu na madrugada de 28 de março, após ter cortado por um copo de vidro quebrado.

Na tarde desta terça-feira, a 36ª Promotoria da capital denunciou à Justiça Leonardo dos Passos Pereira, que confessou ter atingido Diogo. Ele está preso deste o dia do crime.

"A denúncia é por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil – um esbarrão na saída do banheiro – e pela impossibilidade de defesa da vítima, atingida em uma região vital", afirma o promotor.

Reconstituição
A reconstituição começou por volta das 9h desta terça-feira. Técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), policiais civis, promotoria de Justiça acompanharam o procedimento.

Durante cerca de uma hora, uma testemunha e Leonardo contaram suas versões sobre o que aconteceu. Segundo a promotoria, o advogado da vítima acompanhou a reconstituição, mas o defensor do suspeito não esteve presente. O laudo deve ficar pronto em 10 dias.

"Para o Ministério Público o objetivo da reconstituição era entender a dinâmica, onde estava cada pessoa. De onde veio a vítima, de onde veio o suspeito e para onde ele foi. A testemunha poderia esclarecer isso", alega Mendonça Neto.

Segundo o delegado Ênio de Oliveira Matos, o primeiro a participar da reconstituição foi a testemunha, depois, o suspeito contou sua versão dos fatos. "[Ela] manteve exatamente a mesma versão apresentada anteriormente. O autor disse que não lembrava direito, pois estava bêbado no dia", detalha o delegado Ênio de Oliveira Matos.

Para ele a reconstituição também aponta para a impossibilidade de defesa de Diogo Medeiros. "Só se confirmou o que já sabia: que ele (a vítima) não teve defesa e que foi um crime por motivo fútil", afirma o delegado.

Segundo o promotor de Justiça, mesmo alegando que não lembrava bem o que ocorreu no dia, Leonardo manteve a versão de legítima defesa.

Com informações do site G1 SC