Economia

Região contrata mão-de-obra jovem e qualificada, mas paga pouco

Criciúma registrou um aumento de empregos de 4,2% em relação a dezembro de 2010.

Mão-de-obra jovem, com qualificação e remuneração de até dois salários mínimos. Essas são as características da maior parte das contratações de Criciúma e região em 2011, segundo dados do Ipese (Instituto de Pesquisa Socioeconômica Aplicada), do Iparque (Parque Científico e Tecnológico) da Unesc. Exclusivamente em Criciúma, no ano passado, o saldo de empregos (número de vagas criadas, reduzido do número de vagas fechadas) foi de 2.503, sendo que foram geradas 4.508 vagas de até dois salários e acima disso, em todas as faixas salariais, houve saldo negativo de emprego.

“A juventude aqui tem disponibilidade de emprego, diferente da Europa, onde o desemprego do público jovem em alguns países chega a 40%, mas o problema é que os salários são baixos”, comentou o gerente do Ipese, Murialdo Gastaldon. Ele explicou que a região de Criciúma possui uma organização industrial mais baseada em atividades de média baixa e baixa intensidade tecnológica, com reflexos no faturamento e salário.

Apagão

“A questão de emprego melhorou, mas ainda temos muitos desempregados. Não vivemos um simples apagão (quando as empresas procuram mão-de-obra e não acham)”, destacou Gastaldon. Ele salientou que a região passa por um apagão de mão de obra qualificada.

Empregos

Criciúma tem um estoque (quantidade) de empregos de 62.153 (dados de janeiro de 2012), aumento de 4,2% em relação a dezembro de 2010. “É um nível bom de formalização, inclusive, mais elevado que o nível nacional”, afirmou o gerente.

Colaboração: Davi Carrer