Saúde

Região tem 1.124 casos de infectados pelo HIV

Foto: Divulgação

Hoje, no Dia Mundial de Luta contra a Aids, a Regional de Saúde de Tubarão alerta para o alto índice de pessoas infectadas. Desde 2014, quando a infecção pelo HIV passou a ter notificação obrigatória, os números chamaram ainda mais a atenção. Somente entre os municípios da Amurel são mais de mil pessoas portadoras do HIV sendo atendidas na regional.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina destaca ainda o crescimento do número de casos de infecções pelo HIV, o vírus da Aids, especialmente entre os adultos jovens. Desde 2014, o número de casos entre pessoas de 20 a 34 anos tem aumentado, saltou de 757 para 1.051 em 2015, e para 1.080 em 2016.

“Esses dados indicam duas realidades distintas. Por um lado, estamos ampliando o diagnóstico precoce do HIV, a partir da maior adesão de gestores, profissionais de saúde e cidadãos ao teste rápido. Por outro, comprovamos que a maioria das pessoas continua se descuidando da prevenção, ou seja, não está usando preservativo nas relações sexuais”, considera Dulce Quevedo, gerente de Vigilância das DST/Aids e Hepatites Virais da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica).

Segundo Sandra Regina Alves da Silva, enfermeira coordenadora de IST/HIV/Aids, apenas em Tubarão hoje são contabilizados 700 casos em atendimento. Em toda a Amurel, o número pula para 1.124. Além disso, há mais 36 casos de atendimento de pessoas de municípios de outra região, que, por alguma razão, procuraram atendimento na Regional de Saúde.

“Hoje, temos um número de pessoas atendidas não apenas da Amurel, mas de outras regiões também, já que no momento em que somos procurados prestamos o atendimento”, comenta.

Sandra ainda reforça que, apesar de todos os avanços em pesquisas e métodos de prevenção, o uso da camisinha continua sendo a forma mais simples e eficiente de proteção contra o HIV. “Além de prevenir outras 11 infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis, hepatites virais, HPV e gonorreia”, complementa.

A coordenadora afirma que durante todo o ano são distribuídos preservativos masculinos e femininos, que são chamados de insumos de prevenção. “Mas ainda temos muita resistência por parte da população em fazer uso em todas as relações sexuais”, comenta Sandra.

Em relação aos casos de HIV notificados em 2016 em todo o Estado, o segundo grupo com maior incidência foi o de pessoas de 35 a 49 anos (578), seguido pelos grupos de 50 a 64 anos (192), 15 a 19 anos (92), 65 a 79 anos (30) e 10 a 14 anos (2).

Óbitos por HIV

No primeiro semestre de 2017 houve nove óbitos na região da Amurel, tendo como causa base o HIV. Desses óbitos, quatro eram homens e cinco eram mulheres. A faixa etária em ambos os sexos ficou entre 36 e 56 anos. Destes, somente cinco estavam notificados. Os óbitos foram de moradores dos municípios de Capivari de Baixo (1), Tubarão (6), Gravatal (1) e Pescaria Brava (1).

Diagnóstico precoce facilita tratamento

É importante destacar que nem todas as pessoas infectadas pelo HIV terão Aids a médio ou curto prazo. Porém, mesmo sem desenvolver a doença, a pessoa portadora do vírus HIV poderá transmiti-lo.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico do HIV, mais cedo será iniciado o tratamento contra a Aids. E isso tem ocorrido em Santa Catarina, na avaliação da gerente de DST/Aids e Hepatites Virais da Dive, Dulce Quevedo. “Verificando a redução do número de casos e de óbitos por Aids no Estado, consideramos que as pessoas estão aderindo mais ao tratamento precoce”, avalia.

De acordo com os dados epidemiológicos, o número de novos casos de Aids vem caindo na última década. O total de novos casos notificados em 2016 (1,6 mil) é o menor dos últimos dez anos. O número de óbitos ocorridos no ano passado (515) também foi um dos menores da década; apenas acima do ano de 2012, quando foram registradas 495 mortes por Aids. Na região, em 2016, foram 15 óbitos. E este ano o número deve ser menor.

Apesar dos dados positivos, Santa Catarina apresenta a segunda maior taxa de detecção (casos/100 mil habitantes) de Aids do país, de acordo com o Ministério da Saúde, com 31,9 casos a cada 100 mil habitantes, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que apresenta taxa de detecção de 34,7.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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