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Religiosos da Diocese de Criciúma se manifestam sobre a renúncia do Papa Bento XVI

O bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach, se pronunciou sobre a decisão de Bento XVI

Foto: Divulgação

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A atitude do Papa Bento XVI de renunciar ao pontificado surpreendeu toda a comunidade católica. Autoridades e líderes religiosos de diversas partes do mundo se pronunciaram sobre a decisão do Papa, que permanece no Vaticano até o dia 28 de fevereiro. O vigário Geral da Diocese de Criciúma, Vlison Buss, também foi surpreendido, mas acredita que a decisão dele foi positiva para a Igreja.

“Ele havia manifestado no ano passado que, se não tivesse condições, iria renunciar, mas sua decisão neste momento foi uma surpresa. Creio que sua decisão foi para o bem da Igreja, já que ele diz não ter mais condições de ser Papa, por problemas de saúde. Contudo, ele não está renunciando a fé, mas sim a sua missão de Papa, ele tem esse direito”, salientou o vigário à reportagem do Clicatribuna.

–> Confira na íntegra o comunicado de renúncia do Papa Bento XVI

O bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach, se pronunciou sobre a decisão de Bento XVI. Para ele, foi um ato de humildade. Em nota, ele reassalta a esperança para que o novo Papa seja escolhido em março e possa estar presente na Jornada Mundial da Juventude, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho.

Confira na íntegra a nota da Diocese de Criciúma sobre a renúncia do Papa Bento XVI.

Irmãos e Irmãs em Cristo,

Este é um momento importante, no qual todos nós fomos surpreendidos pela renúncia do Papa Bento XVI. É um direito dele renunciar, como nós, bispos, também aos 75 anos temos o direito de nos abdicar de nossa missão a frente de uma diocese. Creio que foi um ato de humildade de sua parte, renunciar, diante de suas forças físicas, de sua condição a frente da Igreja, numa situação de mudança tão rápida no mundo. É um ato de grandeza da parte dele pedir a renúncia e deixar que outro assuma o pontificado, após oito anos à frente da Igreja e quase 86 anos de idade. O papa João Paulo II não chegou aos 83 anos de vida e Bento XVI o acompanhou em sua missão durante muito tempo, sendo seu braço direito. Certamente, agora chegou o momento dele deixar que outro assuma e leve a barca de Cristo adiante. O importante para nós, cristãos católicos e pessoas de boa vontade, é que sabemos que no fundo é o próprio Cristo, por meio do Espírito Santo, que participa na eleição de um novo papa. Por isso, precisamos de muitas orações para que seja escolhida a melhor pessoa para esta época tão importante. Certamente, na Jornada Mundial da Juventude, já teremos a presença do novo papa em nosso país e esta será, provavelmente, uma das primeiras viagens que fará ao exterior. É importante ficarmos com muita esperança em nossos corações e em oração, para que seja escolhido, já em março, o novo papa para a Igreja.


Criciúma, 11 de fevereiro de 2012.


Dom Jacinto Inacio Flach
Bispo da Diocese de Criciúma