Educação

Rio 2016

Foto: Divulgação

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A apreensão que tomou conta de todos os brasileiros no período que antecedeu a realização da Rio 2016 hoje ninguém mais lembra em função do sucesso alcançado pelo evento, que não surpreendeu apenas a nação, mas sim o mundo inteiro. Na semana anterior à abertura escrevi aqui neste espaço: “o evento dará ao Brasil a oportunidade de projetar sua imagem para o mundo, em especial a cidade do Rio de Janeiro que terá a chance de tornar-se um potencial turístico mundial, considerando as belezas naturais que possui, como em nenhum outro lugar do mundo, desde que tudo transcorra dentro da normalidade”.

A maior preocupação era que tudo transcorresse bem, fato que, aos olhos do mundo e de grande parte da nação brasileira, incluo-me também, parecia impossível dada à crise generalizada que o país atravessa e a imagem negativa que dele é projetada no exterior. Mas, na medida em que as coisas foram acontecendo, dissiparam-se os medos e o resultado foi recompensador frente às grandes lições colhidas. Houve uma aprendizagem mútua com a troca de conhecimentos e experiências, além da alegria da prática esportiva. Muitas foram as lições apreendidas que o tempo mostrará, mas algumas devem ser comentadas e aproveito este espaço para fazê-lo.

Há que se ressaltar em alto e bom tom o espírito esportivo, a superação, dedicação, com uma alta dose de humildade por parte de nossos atletas oriundos de famílias desfavorecidas economicamente, que transpuseram limites e conseguiram chegar ao pódio graças ao esforço e garra, sem esquecer suas origens e acima de tudo a família, alicerce da sociedade. Cidadãos que incorporaram o espírito patriótico, respeitaram as cores do país provando que Pátria e família estão acima de qualquer vaidade pessoal. Os que venceram o fizeram com maestria e mostraram que humildade é uma virtude de poucos.

Um exemplo para nossas crianças e jovens para que valorizem as conquistas oriundas da persistência e comprometimento. Vencer num esporte de elite onde milhões são investidos é diferente de vencer à custa de sacrifícios próprios. E falando nisso, cabe aqui uma referência à seleção de futebol masculino. Entraram de salto alto e por pouco não foram ao chão. Criticados, vaiados, desacreditados e liderados em campo por um  capitão que, sem desmerecer as grandes qualidades de bom atleta, é desprovido da grande virtude chamada: humildade. Neymar é intempestivo e mal educado, atitudes que tiram o brilho do grande talento que tem.

Decepcionante a atitude do nadador americano: bem-nascido, mas malcriado. Que a punição recebida sirva de exemplo para que se resgate o valor chamado “respeito”  perdido por muitos.

Foi marcante o sentimento de nacionalismo que tomou conta da nação levando aos quatro cantos do mundo uma impressão diferente da tinham até então. Que o amor ao hino e à bandeira passe a ser rotina na vida de cada brasileiro, que nas escolas se cultivem atitudes de civismo, que essa explosão de patriotismo não ocorra apenas nos grandes eventos esportivos, mas que se incorpore à rotina de todos.