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Santa Catarina registra aumento de 21% no consumo de gás natural em maio

Os principais mercados que apresentaram crescimento foram o industrial, com 23,29% de incremento, e o GNV, com 15,05%.

Divulgação/Secom

Apesar da tendência de enfraquecimento da atividade econômica, o mês de maio apresentou importante reação no mercado de gás natural em Santa Catarina: houve um acréscimo de 21,13% no consumo em relação ao mês de abril. Os principais mercados que apresentaram crescimento foram o industrial, com 23,29% de incremento, e o GNV, com 15,05%. Os dados são da SCGÁS.

“O gás natural no estado atende mais de 50% do PIB industrial, logo essa reação de maio sinaliza que o mercado catarinense apresenta o início do importante processo de retomada econômica”, diz o presidente da SCGÁS, Willian Anderson Lehmkuhl.

Tendência de alta interrompida pela pandemia

A crise sanitária e econômica ocasionada pela pandemia de Covid-19 paralisou um ciclo de crescimento de consumo de gás natural em Santa Catarina. As vendas da SCGÁS vinham apresentando sucessivos recordes nos principais mercados atendidos pela distribuidora em volumes totais: apresentou aumento de 6,4% em 2017, 7,7% em 2018 e pouco mais de 2% em 2019.

Os meses de janeiro e fevereiro de 2020 mostraram que o ciclo de crescimento se manteria, pois os dois primeiros meses do ano acumularam alta de 6% em relação a 2019. Mas com a pandemia da Covid-19, a segunda quinzena de março registrou queda acentuada das vendas, com impacto total de -13,5% para o mês no volume consumido pelo mercado catarinense na comparação com o ano anterior. No mês de abril a queda foi ainda mais brusca: o volume de distribuição da SCGÁS retraiu 46,6% em relação a abril de 2019.

Análise de cenários

Os analistas comerciais da SCGÁS avaliam que ainda é cedo para indicar um cenário de constante evolução do consumo e consideram difícil sinalizar quando ele se aproximará aos volumes projetados para 2020 e aos índices históricos dos últimos dois anos. Mas o mês de maio mostra que setores produtivos do estado ensaiam o início de uma reação, que pode ser confirmada devido ao comportamento histórico do mercado catarinense de apresentar a maior e mais rápida resposta às crises econômicas no país.