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São Martinho soma mais de R$ 18 milhões em prejuízos após sofrer a maior enchente da história

Segundo levantamento, 62 residências foram danificadas pelo evento climático, ocasionando prejuízo aproximado de R$ 2,8 milhões

São Martinho tem mais de R$ 18 milhões em prejuízos após sofrer maior enchente da história – Foto: Prefeitura de São Martinho/Divulgação

Após sofrer a maior enchente da história no início deste mês, o município de São Martinho, no Sul catarinense, calcula que os prejuízos ultrapassaram R$ 18 milhões. A informação foi divulgada nesta terça-feira (13) pela administração municipal.

No setor público, os prejuízos estimados excederam R$ 7,5 milhões, entre obras de infraestrutura, instalações de saúde, educação e serviços. Enquanto na iniciativa privada, 62 residências foram danificadas pelo evento climático, ocasionando prejuízo aproximado de R$ 2,8 milhões.

Outros setores da economia local também tiveram perdas: agricultura (R$ 798 mil), pecuária (R$ 3,2 milhões), indústria (R$ 490 mil), comércio (R$ 3,4 milhões) e serviços (R$ 460 mil), todas estimadas.

O levantamento ainda indica que oito pessoas ficaram desalojadas e outras 145 desabrigadas.

Maior enchente

Essa foi a maior enchente já registrada no município. Dados da ANA (Agência Nacional de Águas) mostram que o Rio Capivari atingiu a 10,38 metros no dia 1º de dezembro.

Isso significa que o nível do rio subiu 6,38 metros além do seu nível normal. Pelo histórico, com exceção do mês de maio, o rio local não ultrapassava seu nível de emergência (5,50 metros) há 10 anos.

Ações no pós-enchente

A Prefeitura de São Matinho informou que a prioridade foi atender às pessoas atingidas diretamente pela enchente. Famílias desabrigadas foram amparadas na Escola Rodolfo Rocha, onde permaneceram por dois dias.

Uma campanha solidária também foi criada para auxiliar aos que perderam pertences na cheia. Municípios vizinhos, igrejas, associações e populares engajaram na mobilização e milhares de alimentos, roupas, mobiliários, produtos de higiene e limpeza foram angariados e distribuídos às famílias.

Em paralelo, várias frentes de trabalhos foram organizadas. No Paço Municipal, onde as águas subiram até 1,70 metro, móveis, computadores e demais equipamentos foram perdidos.

O mesmo ocorreu em diversas estruturas da administração, como o Centro de Atendimento ao Turista, o Conselho Tutelar, o CRAS, o Centro Público de Convivência, o Ginásio Municipal de Esportes, entre outras.

Esses espaços foram limpos por meio de força-tarefa envolvendo servidores públicos e voluntários. Entretanto, alguns serviços acabaram comprometidos temporariamente, realocados para outras estruturas ou até mesmo suspensos para eventuais avaliações de estrutura.

Na mobilidade viária, equipes das secretarias de Infraestrutura e Agricultura atuam desde as primeiras horas do pós-enchente para recuperar ruas e pontes que tiveram o tráfego comprometido após as fortes chuvas.

Entre as vias e travessias que receberam manutenção estão: estrada municipal SMO-021, SMO-022, SMO-081, Max Joseph Steiner e Raimundo Sehnem.

O Estado também foi notificado sobre a ponte localizada na Rodovia SC-436, que ficou comprometida.

Agora, o município aguarda o reconhecimento do decreto de situação de emergência por parte do governo federal. Essa autenticação deve possibilitar aos moradores diretamente afetados o saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), linhas de créditos especiais para pessoas físicas e jurídicas e recursos para a reestruturação da administração pública.

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Via ND+