Saúde

Saúde de SC alerta para nova onda de gripe e uso imediato do Tamiflu

Até esta quinta, foram registrados 75 casos de morte por gripe no estado.

Foto: Andressa Gallo / Divulgação

Foto: Andressa Gallo / Divulgação

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina divulgou nesta quinta-feira (7) em balanço que o uso imediato da medicação Tamiflu, prescrita para a gripe Influenza, pode reduzir o risco de morte.

A Secretaria convocou a população a procurar as unidades de saúde nos primeiros sintomas da doença, já que uma possível nova onda da gripe deve ocorrer nos próximos dois meses.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), até esta quinta foram registrados 75 casos de morte por gripe no estado, 71 pelo vírus Influenza A H1N1, duas pelo Influenza A aguardando subtipagem e duas pelo Influenza B. Ao todo, 616 casos de Influenza foram confirmados em 2016.

 Conforme o secretário de Saúde, João Paulo Kleinübing, o pico da doença veio mais cedo, entre março e abril, quando nos outros anos ocorria entre junho e julho. "Isso reforça a nossa preocupação que agora em julho e agosto possa ter um novo número de casos, por isso a preocupação reforçar as ações de prevenção da população e dos profissionais para começar o tratamento o quanto antes", disse Kleinübing.

De acordo com a Secretaria, não será mais feita nenhuma ação de vacinação no estado, que ocorreu até maio. "Todas as metas de vacinação estipuladas em Santa Catarina foram alcançadas, mas agora é reforçar essas ações de prevenção com nosso plano e trabalhar especificamente naqueles municípios onde há maior númer de casos", informou Kleinübing.

Tamiflu nos postos

Segundo o secretário de Saúde, a medicação Tamiflu está disponível em todas as unidades de saúde e é suficiente para atender a população em todo o período de inverno. A Secretaria divulgou que há 279.960 unidades do remédio disponíveis.

"O Tamiflu está disponível. A gente fez uma grande distribuição no ano passado. Como no ano passado o número de casos foi muito pequeno, a rede municipal já tava muito abastecida. Fizemos uma nova distribuição esse ano e ainda temos em estoque uma grande quantidade de medicamento", disse Kleinübing.

O secretário também afirmou que foram adquiridos equipamentos para auxiliar nos casos mais graves, e enviados para as principais UTIs e hospitais de Santa Catarina. Entretanto, o tratamento inicial ainda é a principal estratégia do órgão.

"Por isso que é importante que a população procure a unidade de saúde o quanto antes, se ela tem uma gripe mais grave, e reforçar que o profissional lá vai ter o medicamento e vai poder iniciar o tratamento", completou o secretário.

A Secretaria informou que também está conscientizando as equipes de saúde, principalmente das unidades básicas e pronto-atendimento, da necessidade de tratamento adequado com Tamiflu nas primeiras 48 horas.

Risco de morte após seis dias

O órgão também alertou a importância de iniciar o tratamento em até três dias do início dos sintomas do H1N1, após a identificação dos médicos. No protocolo do Ministério da Saúde, o ideal é que o tratamento ocorra em até 48 horas.

“O que a gente constatou é que em até três dias do inicio dos sintomas o tratamento evoluiu para cura. A média daqueles que infelizmente acabaram vindo a falecer iniciaram o seu tratamento em uma média de seis dias após o início dos sintomas. Esses três dias fazem muita diferença", disse Kleinumbing.

A Secretaria admitiu que, por 10 dias, kits para realizar os testes de H1N1 ficaram indisponíveis no estado. Entretanto, informou que issno não impediu "avaliação do paciente e inicia imediato do tratamento".

Com informações do G1 SC