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SC tem queda de 8% na venda de carros novos e projeta recuperação para 2022

Fatores como falta de peças e eleições podem interferir no desempenho do setor do próximo ano, que tem previsão de alta de 5%

Divulgação

Santa Catarina teve desempenho abaixo do nacional e registrou queda na venda de carros novos em 2021. Foram emplacados no Estado 95,6 mil automóveis no ano passado, contra 104,4 mil em 2020. Os números somam carros e comerciais leves, como picapes. A diferença corresponde a uma queda de 8,4%. No Brasil, esse mercado se manteve estável, como uma leve alta de 1%.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou nesta segunda-feira (10) os dados regionais do ano passado e a projeção de vendas para 2022. SC teve aumento nas vendas de carros novos somente quando somados todos os grupos, incluindo caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários.

Nessa conta, o Estado teve aumento de 4,2% nas vendas em relação a 2020, com 171,6 mil unidades vendidas contra 164,6 mil do ano anterior. No Brasil, o crescimento neste número global com veículos leves, pesados, motos e implementos foi de 10,5%.

A expectativa da entidade nacional é de um crescimento de 4,6% na negociação de veículos leves e pesados. No início do ano passado, a entidade chegou a estipular uma alta de até 16%. Em Santa Catarina, a entidade regional afirma a previsão é semelhante, com alta de 5% em 2022. A continuidade da pandemia, o problema da falta de peças para a montagem e as eleições são vistos como os principais obstáculos ao setor.

— Entendemos que vamos ter crescimento em 2022, mesmo com a dificuldade de componente prevista ainda no primeiro semestre e com algum desconforto que o período eleitoral pode gerar — analisa o diretor regional da Fenabrave na Grande Florianópolis, Marcos Paulo Marcílio.

O impacto dos semicondutores

O desempenho das vendas de veículos novos em 2021 foi freado por uma série de problemas. O principal deles foi a falta de peças, em especial os semicondutores, que chegaram a paralisar a fabricação de diversos modelos. A escassez também ocasionou aumento de preços. O movimento chegou até aos seminovos e usados, que tiveram até 30% de elevação no valor de mercado.

O aumento do custo e dos prazos do frete marítimo, por conta do dólar e das quarentenas exigidas aos navios, também impactou as vendas em SC, segundo a entidade. Isso teria retardado e encarecido a chegada de peças para montagem de veículos no Brasil.

O diretor regional da Fenabrave explica que a falta de peças diminuiu o volume de carros produzidos e, com isso, aumentou o preço de cada unidade.

— A dificuldade de logística, de montar os carros para entregar, foi o que motivou a diminuição no número de emplacamentos. Tem carros prontos, dentro das fábricas, aguardando um ou outro item para serem entregues. Se tivéssemos produto a pronta-entrega, certamente teríamos tido aumento em automóveis e comerciais leves — avalia Marcos.

Melhor desempenho em veículos comerciais leves

Um comportamento se repete ao analisar os números de vendas de 0km nacionais e de Santa Catarina. É o foco maior em modelos de valores mais elevados. Enquanto a comercialização de automóveis de passeio caiu 11% em SC e 3,5% no país, a de comerciais leves subiu. A alta foi de 6% no Estado e de 24% no balaço nacional.

É no grupo dos comerciais leves que estão picapes e utilitários, que possuem um maior valor agregado. Até mesmo o modelo mais vendido no Brasil em 2021 foi deste grupo: o Fiat Strada desbancou o Ônix, líder nos últimos seis anos, e foi o carro mais vendido no país. Para 2022, as caminhonetes a diesel são uma das apostas para puxar o crescimento.

Entre os veículos pesados, a venda de caminhões também se manteve com desempenho positivo. Houve um crescimento de 43% tanto em SC, quanto no Brasil. Esse setor é menos afetado pela falta de peças e componentes.

No geral, os números globais de vendas de veículos novos em SC foram puxados pelo bom desempenho em comerciais leves (+6%), caminhões (+43%) e motos (+25%), para onde migraram parte dos interessados em automóveis. Os que registraram queda foram os grupos de automóveis (-11%) e ônibus (-6%).

Quando analisadas as regiões do Estado, o Sul de SC foi o que teve maior alta nas vendas, com 10% de aumento em comparação com 2020. Já o Vale do Itajaí teve a menor variação, com acréscimo de apenas 0,69% em relação ao ano anterior.

Veja os dados das carros de veículos novos em SC

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Com informações do NSCTotal e Folhapress

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