A tarifa do gás natural deverá sofrer reajuste. O pedido foi protocolado junto à Agência Reguladora do Estado de Santa Catarina (Agesc). A companhia solicitou reajuste médio, ponderado pelo volume de 12,34% para o segmento industrial, 10,8% para o gás natural veicular (GNV) e 15% para o segmento comercial com faixa de consumo acima de 2,1 mil metros cúbicos por dia do insumo.
O motivo da alteração de valor é o forte aumento do custo de aquisição do gás natural, aliado à disparada do dólar e da cotação do petróleo, o que representa mais de 80% do custo ao consumidor. De outubro do ano passado a julho deste ano, o custo de aquisição aumentou 24,6%.
Outro impasse argumentado pela empresa é em relação à geração de caixa, que ficou abaixo do projetado em R$ 4,6 milhões em junho, e R$ 2 milhões em julho deste ano. Apesar do possível aumento, o GNV ainda é o favorito dos motoristas. O estudante Eduardo Kowalsky de Oliveira Barro usa o combustível há três anos e diz que a economia é o principal motivo da escolha. “Meu carro tem habilitação para gás natural e gasolina, mas prefiro utilizar o GNV, pois o combustível tem um baixo custo”, ressalta Eduardo.
O baixo custo se deve aos gases serem obtidos como subprodutos. O GNV aumenta a facilidade da partida a frio do motor e causa menos impacto ambiental. Além disso, o veículo também obtém mais autonomia, cerca de 200 quilômetros e, como consequência, aumenta a vida útil do motor.
Último ajuste foi no ano passado
Segundo Jornal Notisul, o último reajuste aplicado foi de 5% às indústrias, em outubro do ano passado. A tarifa atual é a menor entre os estados do sul do Brasil e São Paulo, regiões suprimidas por gás natural importado da Bolívia. No Paraná sai 12,4%, no Rio Grande do Sul 12,2% e em São Paulo 26,2%. Para entrar em vigor, o novo ajuste deve ter parecer favorável da Agência Reguladora do Estado de Santa Catarina (Agesc), responsável pela regulação tarifária.
