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“Se a sociedade quisesse, já teria acabado com as drogas”, diz palestrante

Frase é do presidente do Comad de Criciúma, Manoel Rozeng que ministrou palestra na Câmara de Vereadores de Morro da Fumaça

O crescimento do uso, e os malefícios que a droga causa foram apresentados durante palestra do Presidente do Conselho Municipal de Políticas Anti Drogas de Criciúma, Manoel Rozeng da Silva durante palestra na Câmara de Vereadores de Morro da Fumaça.

Além dos nove vereadores, alunos do primeiro e terceiro ano do ensino médio do Colégio Princesa Isabel e comunidade em geral lotaram o plenário durante a apresentação. Durante cerca de uma hora, Rozeng apresentou números, malefícios, consequências e vídeos, tudo com o intuito de alertar a comunidade com relação ao uso excessivo de drogas, sejam elas licitas ou ilícitas.

O palestrante começou falando do álcool, por que segundo ele, é a partir do uso dele que muitos viciados entram no mundo das drogas. “Hoje o álcool é de fácil acesso. Quando eu era adolescente, não existia toda essa facilidade que temos hoje, onde os próprios pais bancam a bebida dos filhos”, salientou Rozeng acrescentando que atualmente o álcool mata mais de 2 milhões de pessoas por ano no mundo. “Se a sociedade quisesse já teria acabado com as drogas. Parece que não aprendemos nada com antigas civilizações que foram dizimadas”, destacou.

A palestra foi em atendimento a um requerimento da vereadora Rosângela Pagnan Maragno, a Danda (PP), que assim como os outros vereadores, demonstra constantemente a preocupação com o tema.

Uma pesquisa mostrou recentemente que Morro da Fumaça é a segunda cidade em uso de drogas da Amrec, ficando atrás somente de Criciúma. “O quadro atual é bem complicado. As pesquisas não são tão precisas, até porque quem usa não admite”, disse Rozeng.

Outras drogas

Além do álcool, como não poderia deixar de ser, o palestrante também enfatizou os perigos e prejuízos causados por cigarro, maconha, cocaína, crack, entre outras. “Dizem que a maconha não é perigosa. Ela é perigosa sim. Fico triste quando vejo pessoas como Fernando Henrique Cardoso defendendo a sua regularização. O cigarro, droga licita, hoje mata mais de 6 milhões de pessoas por ano”, revelou.

Sem cura

Segundo Rozeng, a dependência química não tem cura. O viciado vive em estado de recuperação. “Conheço pessoas que tiveram recaída depois de 40 anos, outras que voltaram a usar depois de dez anos, e alguns que conseguiram ficar somente um dia longe das drogas”, finalizou.

Colaboração: Marciano Bortolin