Poder Executivo

Se Prefeitura de Orleans negar contraproposta, servidores poderão entrar em greve

Às 19 horas dessa terça-feira (17), os servidores municipais de Orleans realizaram mais uma assembleia para dar continuidade às negociações referentes ao reajuste salarial. Em pauta, estava a proposta da Prefeitura, que foi entregue apenas às 18h40min, vinte minutos antes do encontro dos trabalhadores. Por unanimidade, ela foi rejeitada e uma contraproposta foi elaborada.

“Repassar a inflação acumulada até a data base e o pagamento do vale-alimentação para servidores que recebem remuneração de até dois salários mínimos. Para isso, haverá necessidade de um estudo econômico para aferir se o pagamento será de uma única vez ou de forma escalonada. Quanto ao vale-alimentação, haverá necessidade de adequação à legislação municipal e posterior desistência da ação judicial em andamento”, dizia a proposta assinada pelo prefeito Marco Antonio Bertoncini Cascaes (PSD).

Os trabalhadores concordaram com a inflação acumulada até a data base, de 9,83%. Contudo, ela deverá ser paga em uma única vez, e não parcelada. “Em relação ao vale-alimentação, não somos contra eles pagarem aos servidores que recebem até dois salários mínimos, mas a ação continuará na Justiça. Depois, os outros servidores poderão receber quando a Justiça determinar o pagamento”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Braço do Norte e Região – Siscob, Wilson Althoff.

Estado de greve

Às 17 horas dessa quarta-feira, um ofício com a decisão da assembleia será protocolado na Prefeitura de Orleans. Caso o Poder Executivo não concorde, a greve poderá ser decretada e manifestações serão realizadas. “Quinta-feira é o último prazo para eles enviarem o Projeto de Lei para a Câmara de Vereadores e segunda-feira será a sessão ordinária. Se a proposta não for de nosso acordo, nós viremos para a Câmara para pedir a rejeição ou que o Projeto de Lei nem seja colocado em votação, até que seja feito de acordo com o que é de direito do trabalhador. Nós só pedimos para que seja cumprida a lei e nada mais”, afirmou Althoff.

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