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Secretária de Saúde deixa cargo e prefeitura abre inquérito administrativo sobre kits de saúde bucal

Informação foi divulgada em entrevista coletiva à imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 6, na prefeitura de Laguna

Foto: André Luiz/Agora Laguna

A prefeitura de Laguna confirmou, nesta segunda-feira, 6, a abertura de um inquérito administrativo para apurar as denúncias apresentadas pelo vereador Kleber Lopes, o Kek (União), em relação à aquisição de kits para um programa de prevenção e incentivo à saúde bucal infantil. A informação foi divulgada em entrevista coletiva à imprensa realizada nesta tarde, na sede do poder público municipal. Reveja a íntegra da coletiva abaixo.

Em vídeo divulgado na última semana, o vereador denunciou as compras feitas por entender que houve superfaturamento. O político também apresentou denúncia ao Ministério Público (MP). O serviço custou à prefeitura R$ 1,2 milhão e os kits giram em torno de R$ 599,89 a 599,90. Ao todo são 2.003 kits, para distribuição às séries de 0 a 3 anos, 4 a 5 anos, 1º ao 2º ano e 3º ao 5º ano. O pregão ocorreu em julho e foi dividido em quatro lotes, com duas empresas vencedoras: Educare Representações Ltda., de Tubarão, com contrato de R$ 583.102,80, e a Organizando Viagem e Cultura Ltda., de Imbituba, com contrato de R$ 618.393,80. As informações são do Portal Agora Laguna.

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“Saúde e Educação têm gestão própria e não passam pela administração do município; são atos competentes às secretarias. Quando a gente vê o vídeo, a gente fica revoltado porque aqueles itens não podem custar R$ 400 e isso nos deixou preocupados. Tomamos algumas medidas naquele momento e ainda estamos tomando”, justificou o prefeito Samir Ahmad (sem partido), que anunciou que a secretária Gabrielle Siqueira, da Saúde, deixou o cargo para que as apurações internas ocorram normalmente. “Vamos tomar todas as medidas legais e cabíveis para apurar todos os fatos. Não pode ter nada sem resposta”.

A coletiva também teve participação da empresária Graziela Laureano, proprietária da Plano A Editora, idealizadora do projeto Crescer Sorrindo. Sem detalhar valores e específicos, ela se limitou a dizer que o preço também é composto por outros itens, como a propriedade intelectual e que esses dados são “sigilosos”. “Não foram adquiridos kits, e por isso quero corrigir a fala do prefeito, até porque seria ridículo pagar R$ 600 em um kit bucal independente da marca. Nós fornecemos projetos educacionais”, rebateu a empresária. “É muito triste ver tão desmerecido o investimento, quando falamos em prevenção, falamos de investimento, não de custo”, continuou.

A prefeitura deve encaminhar documentações relativas aos processos licitatórios questionados para o Ministério Público e para a Câmara de Vereadores. Na sessão desta segunda, existe a possibilidade de ser apresentado requerimento para que haja a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso dos kits de saúde bucal e uma mobilização popular foi convocada para protestar no Legislativo.

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Com informações Agora Laguna