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Sem acordo na negociação do setor de descartáveis plásticos

Sem acordo na negociação do setor de descartáveis plásticos

Foto: Divulgação

Na tarde dessa terça-feira (20), foi realizada mais uma rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho do Setor Plástico, entre o Sinplasc e o Sindicato dos Trabalhadores. No entanto, mesmo com o encontro tendo durado mais de três horas, não houve acordo entre as partes.

“Não foi possível nem mesmo discutir o índice de reajuste diante da intransigência do sindicato dos trabalhadores com relação à redação alternativa para uma cláusula de abono”, explica o executivo do Sinplasc, Elias Caetano.

De acordo com o Sinplasc, foi proposta a concessão, a título de Abono de Férias, Abono de Aniversário ou Programa de Participação nos Resultados – PPR, mantendo a proporcionalidade ao tempo de serviço, portanto, segundo o Sinplasc, sem prejuízo financeiro aos trabalhadores.

“As dificuldades de alteração na natureza do abono emperraram completamente as negociações. Sob o ponto de vista das empresas, o Abono Anual que existia na convenção anterior estava mal redigido, causando problemas de interpretação e riscos desnecessários, colocando as empresas em situação de insegurança jurídica”, informa Caetano.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas de Criciúma e Região, a greve deflagrada na indústria de plásticos descartáveis do Sul do Estado vai se estender ao segmento de plásticos flexíveis, produtores de embalagens, em sua maioria.

“A classe patronal insiste na mudança na forma do abono alegando precauções com os tributos, mas, na realidade, o que pretendem, na prática, é diluir o desembolso, pois na forma que vem sendo praticada há mais de dez anos, o valor é pago em duas parcelas, nos próximos dois meses, muito mais interessante para os trabalhadores”, interpreta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Carlos de Cordes, o Dé.

Ainda conforme o Sindicato dos Trabalhadores, os patrões das indústrias de flexíveis focaram unicamente nesta cláusula e nem chegaram a discutir um índice de reajuste salarial. “A estratégia dos patrões é mais uma vez empurrar com a barriga e esperar que a justiça do trabalho julgue o Dissídio Coletivo que eles requereram e aos trabalhadores só resta exercer o direito à greve e dar a resposta”, acrescenta.

Com informações do Portal Engeplus

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