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Seminário sobre cachaça artesanal reunirá produtores de Santa Catarina

O evento é o marco inicial de uma série de atividades em prol da produção.

Foto: Tiago Maciel/Divulgação/Notisul

Foto: Tiago Maciel/Divulgação/Notisul

Por meio de um acordo bilateral entre Estados Unidos e Brasil, desde 2012, a cachaça é reconhecida como um produto genuinamente brasileiro. Assim, para levar o nome de cachaça, todo o processo – plantação da cana, colheita e destilação – deve ser realizado em terras brasileiras.

Com foco neste e outros assuntos do setor, será realizado hoje em Criciúma o seminário “Cachaça: Um Símbolo Nacional de Oportunidades”. Conforme Leandro Melo, presidente do Grupo Lalua, empresa responsável pelo evento, o seminário é o marco inicial de uma série de atividades em prol da produção de cachaça artesanal em Santa Catarina.

Participarão produtores, investidores, agricultores e toda a pessoa interessada em conhecer melhor a área. “Cerca de 80 produtores estarão presentes. Percorremos todo o estado. Entendemos que, para fortalecer o setor, devemos ouvir as necessidades, mas principalmente mostrar, através de nossos palestrantes, o potencial do nosso produto, e falar das boas práticas de fabricação”, explica Melo.

Da região, estarão presentes produtores de Treze de Maio e de Tubarão. O Grupo Lalua movimenta o setor com o intuito de realizar o Festival da Cachaça – Cores e Sabores do Brasil. “A ideia partiu da vontade de promovermos um evento nacional em Criciúma. O festival ocorrerá em novembro próximo”, revela.

Palestrantes renomados participam

O presidente e idealizador da Expocachaça, o maior e mais importante evento do setor no mundo, José Lúcio Mendes Ferreira, vai falar do tema abordado em seu livro “Cachaça: Um Símbolo Nacional de Oportunidades”. “Minha palestra mostrará aos produtores o melhor caminho para a cachaça catarinense disputar lugar nas mesas do Brasil e do mundo”, enfatiza Ferreira.

O seminário vai contar ainda com a presença do escritor e pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri, Jaques Crispim. Ele possui um acervo de livros e pesquisas voltadas para as boas práticas de fabricação e qualidade. E foi o precursor da Associação Catarinense dos Produtores Artesanais de Aguardente de Qualidade.

Nova diretoria será formada

Paralelo ao seminário ocorrerá uma Assembleia Geral Extraordinária para formar a nova diretoria da Associação Catarinense dos Produtores Artesanais de Aguardente de Qualidade. Leandro lembra que quando decidiu se dedicar na organização do festival e do fortalecimento do setor catarinense, foi visitar os estados onde a cachaça brasileira tem grande representatividade.

“Atualmente estes estados são Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Ao conhecermos de perto, percebemos que nestes o setor é mais desenvolvido, pois existe uma associação forte para promover o desenvolvimento do setor”, destaca.

A, de acordo com o site Nto intenção é formar uma boa equipe que vai lutar por melhorias, como diminuir as altas tributações. Santa Catarina possui um ICMS de 25%, enquanto Minas Gerais de apenas 3%”, informa. A associação tem como objetivo também combater a informalidade e a certificação dos produtos catarinenses.