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Servente de aeroporto encontra R$ 24 mil e devolve ao dono

Cena pouco comum aconteceu na manhã de sexta (10) em Porto Alegre. Empresário de Florianópolis havia perdido o dinheiro, que seria usado para pagar dívida.

O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi palco de uma cena pouco comum na manhã da última sexta-feira (10). O funcionário da limpeza Davi dos Santos Pereira, 20 anos, encontrou uma nécessaire com R$ 24 mil na porta de acesso. Sem ver o conteúdo da bolsa, imediatamente encaminhou ao balcão da Infraero, de onde seria levada à delegacia para, depois, retornar às mãos do dono.

“Não mexi na bolsa. A ordem lá é: achou, leva até o balcão. Levei ao balcão da Infraero e o rapaz abriu. Quem contou dinheiro foi ele”, disse Pereira.

O dinheiro era do consultor empresarial Antônio Mallmann, de 66 anos. Ele havia desembarcado de Florianópolis e iria direto ao bairro Santana, na Zona Leste da capital gaúcha, onde quitaria uma dívida no valor exato que continha na bolsa. “Agradeci (a Pereira) imensamente. Deus estava dentro dele. Eu havia orado a Deus para que não me acontecesse este infortúnio em um momento tão difícil”, disse o consultor.

Mallmann desembarcou em Porto Alegre por volta das 9h vindo de Florianópolis. “Tinha uma conta pra pagar e arrumei o dinheiro”, contou. Após chegar, foi à lanchonete do aeroporto para tomar um remédio. Em seguida, se dirigiu ao estacionamento, entrou no carro e partiu em direção ao local onde saldaria o valor.

Após chegar ao local onde saldaria a dívida, Mallmann percebeu que estava sem o dinheiro. Imediatamente retornou ao Salgado Filho. Quando chegou, pouco depois das 10h, conta o consultor, a nécessaire havia sido localizada e, prontamente, foi devolvida.

Ao encontrar o servente, já com o dinheiro recuperado, Mallmann abraçou o jovem e, além de agradecer, lhe deu uma gratificação financeira. “Não dei mais porque não conseguiria pagar a conta”, destaca o consultor.

Davi toca banjo e cavaquinho, e fez parte do grupo de pagode Jeito Incomum, de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por cerca de três anos.

Texto: Felipe Truda/ G1