Saúde

Serviços do Hospital São José podem ser paralisados na próxima semana

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Arquivo / Clicatribuna

Os serviços prestados dentro do Hospital São José – HSJ estão novamente ameaços pela insegurança financeira encontrada na instituição. Com pagamentos e sobreavisos dos médicos atrasados, a possibilidade de grave a partir da próxima semana não é descartada. A informação foi confirmada pela própria direção administrativa do hospital. No entanto, o diretor clínico do HSJ, Gervani Bueno, afirma que em primeiro momento o intuito é cobrar que o hospital honre seus compromissos e não paralisar os serviços prestados.

“Temos uma escala para ser seguida até o dia 15. Não existe ainda nenhum indicativo de greve, mas a partir deste dia não sei o que poderá acontecer”, diz. Os atrasos no pagamento mais uma vez são justificados pela falta de repasse do Governo do Estado, conforme a diretora administrativa, irmã Terezinha Buss. Os débitos junto ao Estado são referentes à contratualização, realizada em julho do ano passado. Com atrasos desde esta época, hoje a dívida está totalizada em R$ 9 milhões. 

“O Ministério da Saúde encaminhou dinheiro no mês passado, mas esse valor só serve pagar o que já está faltando. Pagamos para um mês, mas falta para o próximo”, afirma a irmã. A falta de repasses faz com que os médicos não tenham mais um dia fixo para receber os pagamentos. Para evitar que as paralisações ocorram a partir da terça-feira que vem, a administração realizará uma reunião junto ao corpo clínico, provavelmente amanhã para negociar as formas de pagamento. 

“Precisamos de uma segurança por parte do Estado. O que mais queremos é que a situação normalize, é nosso maior desejo”. Mas, conforme o diretor clínico, os médicos estão cobrando um posicionamento por parte do próprio hospital e os médicos estão se organizando para realizar esta cobrança de forma mais efetiva. “Estamos procurando mecanismos e caminhos junto ao hospital, pois nossos serviços são contratados por eles. Falam sobre um cronograma de pagamentos, mas não vemos movimentação de ninguém. Precisamos receber dinheiro, temos contas para pagar como qualquer outro”, frisa.

Além dos sobreavisos atrasados desde novembro, pagamentos de plantões e outras particularidades envolvendo os direitos dos médicos encontram-se em débito. Outra queixa de Bueno seria sobre a função e existência de uma comissão de acompanhamento da contratualização. “Esse comissão é estabelecida pelo contrato e deveria se reunir periodicamente, mas isso não acontece”, pontua.

Visita ao Ministério da Saúde

Incluída na última contratualização, a Prefeitura Municipal de Criciúma também busca meios de garantir recursos ao hospital. O Secretário de Saúde, Vitor Benincá, e parte da direção do HSJ, hoje estão em Brasília para articular junto ao Ministério da Saúde o repasse desta verba. “Queremos fazer uma pressão para que o Estado honre com os compromissos. Além da visita ao Ministério, visitaremos também os deputados federais que representam o Sul para tentar conseguir alguma emenda”, relata Benincá. 

Outros assuntos pertinentes à saúde de Criciúma e região também estarão em pauta na agenda do dia. Entre elas o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento – UPA da Próspera, a aquisição de um novo acelerador linear para o tratamento de câncer e meios de garantir novas consultas dentro do Hospital São José, que hoje apresenta fila em seus serviços.

Com informações do site Clicatribuna