Economia

Setor avícola vive momentos de apreensão

Crise é um problema de logística e não de abastecimento

Foto: Deize Felisberto/A Tribuna

Foto: Deize Felisberto/A Tribuna

De acordo com matéria publicada no jornal Diário Catarinense, a crise da avicultura catarinense é um problema de logística e não de abastecimento. O Brasil nunca teve tanto milho, com safra e estoque recordes. Mas os grãos não estão chegando ao Sul do país porque o frete para transportá-los do Centro-Oeste encarece ainda mais o produto, que já está em alta no mercado internacional.

Conforme o DC, em reunião, nessa segunda-feira, com o secretário estadual da Agricultura, João Rodrigues, na superintendência regional de SC da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o superintendente de Armazenamento da Conab em Brasília, Rafael Borges Bueno, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Maria dos Anjos, se comprometeram em tomar medidas para fazer mais milho chegar aos pequenos produtores e às pequenas e médias agroindústrias do Estado.

Na Região Carbonífera, os avicultores vivem momentos de apreensão, segundo o jornal A Tribuna, que trás na sua edição desta terça-feira (21), matéria sobre o assunto.
A reportagem trás o depoimento do avicultor Clodoaldo Zanelato, da comunidade de Volta Redonda, em Treviso, produtor integrado da Agrovêneto, de Nova Veneza, Zanelato e que recebeu a visita do técnico da agroindústria na semana passada, avisando que a empresa não dará garantias de alojamento de aves para o próximo lote. “O que foi dito é que por enquanto este será o último lote. Não é nada definitivo, mas não haverá garantias após o abate das atuais aves”, conta Zanelato, que tem capacidade de alojamento de 29 a 30 mil aves.

Conforme o produtor, não houve ainda falta de ração para alimentar os animais. “Estamos recebendo o fornecimento da ração para os pintos, que estão com 16 dias. Com esta crise ficamos com o pé atrás, sem saber o que pode acontecer. Não sei se daqui a pouco com o crescimento das aves, que demandará mais ração, poderá faltar”, expõe.

No Oeste catarinense, cerca de 250 integrados da Diplomata, ligados à unidade de Xaxim, que abate 220 mil aves por dia, estão convivendo nos últimos meses com constantes atrasos no pagamento e na entrega de ração.

Um dos produtores, Érico Gustavo Didong, de Chapecó, resolveu abrir as portas do aviário e soltar os frangos para que estes buscassem algo para matar a fome.