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Setor carbonífero terá 2013 de luta pela modernização do setor

Meta é desmistificar mineral e conseguir inserção da matriz energética no leilão de energia

“Em 2012 o setor carbonífero não andou para trás, mas também não avançou. E pode ir para trás e prejudicar o desenvolvimento do Sul do país até 2017 se não houver fortes investimentos em modernização”, explicou o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Fernando Zancan. Ele salienta que este ano o setor fecha a produção em seis milhões de toneladas, volume que se equipara à extração em 2011.

Conforme o site Engeplus, Na última semana, ele e demais representantes do sindicato patronal catarinense estiveram reunidos na capital gaúcha com a Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM) e mineiros do Rio Grande do Sul para traçar as ações de 2013.  A expectativa é de que até o mês de abril um trabalho sobre política industrial seja apresentado ao Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul ) para que se reforce o coro em torno da necessidade do uso do carvão como alternativa energética sem a imagem negativa e a expectativa de desenvolvimento da região onde ele está inserido para que se evite a desindustrialização de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
 
"Temos plenas condições de chegar em 2030 com o carvão ocupando 7% de espaço como matriz energética para geração de energia elétrica. Há jazidas, projetos ambientais e de captação de gás carbônico e de modernização. Tudo isso será levado à presidente da República para que mude seu conceito em relação ao carvão e possamos voltar ao leilão de energia”.

Para o secretário, desde 2009 a exploração do carvão mineral sofre reflexos de medidas ecológicas e leis ambientais, que não beneficiam a instalação de usinas termelétricas. Conforme Zancan, o Planalto não olha o lado socioeconômico desse setor e não vê segurança energética no mineral. Ele considera que o foco do Ministério de Minas e Energia está na energia eólica, o que o secretário não considera um tipo de energia firme. “Não dá para planejar o sistema elétrico pensando em São Pedro. Em 2012 as usinas de Itá e Machadinho estiveram praticamente paradas, os reservatórios estiveram com problemas, em seus piores limites desde 2001”.

De acordo com Zancan, o nível dos projetos brasileiros não perde em nada para os modelos europeus e asiáticos na exploração do mineral e captação de gás carbônico, entre outros projetos de potencialização no aproveitamento como matriz energética. “Um exemplo é a China, que é quem mais consome energia, mais produz e se desenvolve no que diz respeito à eficiência energética. Nos primeiros meses de 2013 o Siecesc estará em Londres, na Associação Mundial do Carvão para levar uma proposta de acordo de cooperação com um centro chinês de pesquisa e desenvolvimento de carvão para que eles tenham um ‘braço’ no centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTCL) e possamos trocar experiências e nos desenvolvermos ainda mais no assunto”, finaliza.