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Sexta-feira 13 é dia de superstição

A sexta-feira 13 é, para muitas pessoas, repleta de superstições e dia para evitar passar debaixo de escadas, cruzar com gatos pretos ou até mesmo sair de casa. Para outros, é uma data como outra qualquer e não interfere em nada. Para os supersticiosos, o ano também tem o número do “azar”: 2013.

O medo excessivo da data – sexta-feira 13 – tem um nome específico: parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia. Já o medo irracional e incomum do número 13 é chamado Triscaidecafobia.

O aposentado Salim José da Silva não tem boas lembranças da sexta-feira 13. Em uma delas, bateu o carro e, desde então, tem cautela. “Estava indo para Florianópolis com minha esposa e bati o carro. Depois disso, tenho um pouco de superstição quanto à data. Claro que levo numa boa, mas sempre tomo cuidado e evito sair muito de casa”, conta Salim.

Já a professora aposentada Rosa Maria, de Pescaria Brava, não acredita em superstições. Para ela, tudo depende do momento que se está vivendo. “Se está tudo bem, as pessoas nem lembram que é sexta-feira 13. Mas, quando algo dá errado, associam com a data. Não tenho medo de azar e quando as coisas não vão bem, não adianta querer inventar desculpas”, ressalta Rosa.

Segundo Jornal Diário do Sul, Mariele Possideonio Nunes, de Tubarão, não tem receio da sexta 13. “Na verdade, para mim, é um dia normal. Não acredito em azar, em gato preto e até passo por baixo de uma escada”, afirma.

As lendas

Tudo indica que a crendice da sexta-feira 13 vem de duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira, houve, no Valhalla – a morada celestial das divindades -, um banquete para 12 convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses. Instituiu-se, então, a superstição de que convidar 13 pessoas para jantar era desgraça na certa e esse número ficou marcado como símbolo do azar. A segunda lenda é protagonizada pela deusa do amor e da beleza, Freya, cujo nome deu origem às palavras friadagr e friday, “sexta-feira” em escandinavo e inglês. Quando as tribos nórdicas se converteram ao cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa exilada no alto de uma montanha. Para se vingar, Freya passou a reunir-se, todas as sextas-feiras, com outras 11 feiticeiras, mais o próprio Satanás, num total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a humanidade. Da Escandinávia, a superstição espalhou-se pela Europa, reforçada pelo relato bíblico da Última Ceia, quando havia 13 pessoas à mesa, na véspera da crucificação de Cristo, numa sexta-feira.