Economia

Sobram vagas e faltam trabalhadores em Braço do Norte

Empresários já estudam a possibilidade de recrutar trabalhadores fora do país

Muitas vagas de emprego e pouca procura. Esta é uma realidade em Braço do Norte. Os empresários estão cada vez mais preocupados. Não há interessados e qualificados para preencherem as vagas. Segundo informações da Associação Comercial e Industrial do Vale, através de uma reunião foi cogitada a possibilidade de recrutamento de trabalhadores do HAITI. Conforme o presidente da ACIVALE, Silvio Bianquine Neto, ainda não há nada definitivo, nos próximos dias mais reuniões serão realizadas para discussão e definição do assunto caso o problema persista.

“Estávamos reunidos e surgiram várias ideias. Vamos nos reunir nas próximas semanas para definirmos o que pode ser feito. Temos regiões do próprio estado e fora do estado que acabam tendo problema com a falta de emprego, então iremos fazer um levantamento e, se for o caso incentivar para que essas pessoas venham a Braço do Norte para preencherem as vagas. Muitas fábricas no município acabam tendo sua produção prejudicada pela falta de mão de obra”, ressalta o presidente.

Bianquini relata que a falta de mão de obra nas indústrias é bem visível, basta trafegar pela SC-108 e observar as placas com chamamento para vagas de emprego. “Todas as empresas que estão localizadas as margens da rodovia, tem placas com indicativos “temos vagas”. Há uma procura por essas vagas, mas é pequena e na maioria dos casos falta qualificação para esses trabalhadores”, diz.

E quais seriam os motivos da baixa procura? Conforme o presidente, entre eles estariam os benefícios cedidos à população e a falta qualificação profissional dos poucos pretendentes às vagas. “Um dos culpados é a Bolsa Família, alguns beneficiários se acomodam com a renda que recebem e acham que é suficiente para sobrevivência. Outro seria também a qualificação, entre outros”, informa. 

Os reflexos da falta de mão de obra são confirmados no banco de empregos do SINE. São mais de 150 vagas disponíveis atualmente. Conforme o coordenador do Orgão, Mazoli Nunes Bezza, mais conhecido como Coca, à redução de procura neste ano foi de até 50%.

Colaboração: Thaise Vieira/Rádio Guarujá