Ralf Manke confessou os disparos e segue preso preventivamente; crime ocorreu durante reunião em imobiliária

Foto: Redes Sociais, Reprodução
O assassinato de dois corretores dentro de uma imobiliária em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina, ganhou repercussão nacional nesta semana. O autor dos disparos, Ralf Junior Dombek Manke, de 37 anos, era sócio de uma das vítimas e confessou o crime à polícia, alegando ter agido por conta de uma dívida de R$ 25 mil e em legítima defesa.
Segundo o depoimento prestado por Ralf, a discussão aconteceu durante uma reunião marcada para tratar do atraso de três parcelas de um acordo financeiro. Ele relatou que, durante o encontro, foi agredido pelos corretores Deyvid Luiz Leite, seu sócio, e Thiago Adolfo, que atuava em outra imobiliária da cidade.
A delegada responsável pelo caso explicou que Ralf alegou ter se sentido ameaçado ao ver os dois homens vestindo jaquetas e presumir que estivessem armados. “Ele disse que acreditava que eles estavam armados e, por isso, atirou. Alega legítima defesa. No entanto, não havia nenhuma outra arma no local além da dele”, afirmou.
Após o crime, Ralf deixou o local e foi encontrado pela Polícia Militar em um posto de combustível, com manchas de sangue na roupa. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva durante a tarde de quarta-feira (2). Agora, permanece detido no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí.
O autor dos disparos também alegou ser CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador), afirmando ter autorização para portar arma de fogo. A Polícia Civil ainda apura a veracidade dessa informação.
A defesa de Ralf, representada pelo advogado Thiago Allan Silva, declarou em nota que respeita a decisão judicial que determinou a prisão preventiva, embora discorde dela. “Trata-se de um processo que tramita sob sigilo, e qualquer conclusão neste momento seria especulativa e precipitada. Confiamos plenamente na atuação do Poder Judiciário e das autoridades envolvidas”, afirmou o defensor.
A investigação segue em curso e deve esclarecer, nos próximos dias, as circunstâncias exatas do crime, inclusive se houve ou não premeditação.