Segurança

Subtenente da PM conta detalhes do crime brutal que cometeu

Depois da prisão efetuada na noite de quinta-feira, o subtenente da Polícia Miliar Ênio Sebastião de Farias, de 50 anos, que matou a companheira Hannelore Siewert, de 40 anos, foi interrogado em Imbituba e detalhou à polícia os fatos ocorridos no dia do crime. Ênio já foi preso preventivamente e encaminhado para Florianópolis.

O motivo do crime teria sido uma briga, ocorrida no último dia 12, por volta das 21h. O policial havia ingerido bebidas alcoólicas e matou a namorada no próprio sofá-cama onde dormiam. Depois, circulou por uma hora e meia na BR-101, até voltar para casa, enrolar o corpo da namorada em um tapete e amarrar o sofá no carro.

Ainda segundo o depoimento, perto da Lagoa do Timbé, o assassino confesso colocou o corpo da namorada, já sem vida, em cima do sofá-cama. Friamente, espalhou combustível e sentou para assistir às chamas. Logo após, caminhou por 200 metros e aproveitou um buraco aberto em uma duna para depositar os restos mortais, cobrindo o local com um pedaço de concreto e gravetos.

Durante a manhã do dia seguinte, ele limpou a casa e ligou para a irmã, que foi visitá-lo. Em seguida, arrumou a mochila e, como tinha atolado o carro no local onde ateou fogo em Hannelore, caminhou pela rodovia federal até conseguir carona, rumo a Tubarão.

De ônibus, Ênio seguiu para Porto Alegre e na segunda-feira chegou a Santana do Livramento, já que seu objetivo era fugir para o Uruguai, onde pretendia trabalhar em uma fazenda. Contudo, um hóspede da pousada onde estava foragido denunciou o policial após ver sua foto na imprensa. Com isso, Ênio foi preso e confessou o crime através de vídeo à polícia local.

O caso teve início no dia 12, quando o casal estava supostamente desaparecido. Na quarta-feira, quando um corpo carbonizado foi encontrado em Imbituba, o policial virou suspeito e, no mesmo dia, sacou R$ 1 mil de uma conta conjunta numa agência do Banco do Brasil de Tapes.

Segundo o Jornal Diário do Sul, os peritos não acharam nenhum fragmento de bala ou perfuração de órgão ou tecido no corpo e ainda investigam a causa da morte. Até o momento, a causa aparente é uma pancada no lado esquerdo do crânio. Contudo, os laudos apontam inícios de esquartejamento. Apesar dos detalhes revelados pelo subtenente, há duas declarações que não batem com os laudos: ele afirma que atirou em Hannelore e que não esquartejou a namorada.