Foto: Arquivo A Tribuna
Estão fazendo falta os novos leitos que competem às obras de ampliação do Hospital São José – HSJ. O paciente que necessitar se internar, provavelmente terá que esperar um pouco para ter acesso a um quarto.
Devido à superlotação da entidade, atualmente 49 pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde – SUS estão à espera de um leito. As demandas institucionais aumentaram consideravelmente nas últimas semanas e, no final de julho, transferências já foram feitas para hospitais de Nova Veneza, Içara e Morro da Fumaça.
No entanto, o diretor técnico do São José, Raphael Farias, afirma que em períodos de frio a procura pelo setor de internações, normalmente, sempre crescem. "Por conta do inverno, aumentam os casos de quadro pulmonar, respiratórios. Estamos com grande procura por internações e pronto socorro se mantém cheio", pontua o profissional. Quando o paciente dá entrada para ser internado e não encontra vagas, ele acaba esperando em uma maca cedida. Mas, em determinado período, a superlotação foi tanta que inclusive o equipamento de suporte faltou.
"Nossa realidade já foi pior, essa semana está normalizando. Está dentro do controle, mas ainda assim estamos com o movimento de transferência para dar mais segurança aos nossos pacientes", afirma. Em períodos como esse, os clínicos voltam a pedir que a população só procure pelo atendimento do HSJ em casos graves, de alta complexidade. "Pedimos que, quando necessário, as pessoas procurem os serviços disponibilizados em seus municípios. Pois, quando chegam ao São José sempre acabam ficando por ali", afirma Farias.
Após as obras de ampliação, que será viabilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDS, a instituição contará com novos 24 leitos de internação, o que hoje, reduziria pela metade o número de pessoas esperando por vaga.
Leitos disponíveis
Há aproximadamente duas semanas, as transferências feitas para os hospitais São Donato, em Içara, São Marcos, Nova Veneza e São Roque, em Morro da Fumaça, chegaram a 50. Mas, nessas instituições, atualmente ainda existem vagas para casos de necessidade. Conforme o diretor do São Donato, Júlio De Luca, atualmente, o hospital possui 50% de sua capacidade disponível para atender outras demandas.
"Somos parceiros do sistema SUS e estamos à disposição para receber. Também temos transferidos alguns daqui que necessitam de um atendimento de alta complexidade". Em Morro da Fumaça, as portas também estão abertas. Falando pela diretoria, a supervisora do setor de contas, Lucimara Moreira Alves, afirma que há aproximadamente 20 dias a entidade recebeu 33 pessoas vindas de Criciúma, conforme levantamento feito por ela.
"Não sei dizer se todas eram do São José. Mas, a nossa média está a baixo, temos leitos de sobra e já foi colocado os leitos à disposição", enfatiza. Para mais detalhes, a reportagem tentou entrar em contato com a direção do Hospital São Marcos, mas, não obteve sucesso.
Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna