Segurança

Suposta nova onda de ataques deixa polícia alerta

Foto: Janice Turco/Notícias do Dia

Foto: Janice Turco/Notícias do Dia

Algumas autoridades preferem não abordar o assunto, mas o incêndio em um ônibus registrado na madrugada de ontem em São José, Grande Florianópolis, deixa o sistema prisional e de segurança em alerta.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, esteve na manhã de ontem para a inauguração oficial da central de videomonitoramento em Içara, ficaria na região até a metade da semana, mas no final da tarde voltou a Florianópolis para reunião com a cúpula da segurança e o governador.

Para autoridades locais o fato deve ser apurado mais a fundo para caracterizar como um novo ataque, ou um caso isolado. O que chama atenção é o intervalo de uma média de três meses entre o início da onda de atentados promovida pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

A primeira iniciou em 12 de novembro do ano passado e a segunda, em 31 de janeiro deste ano. Segundo o site Clicatribuna, o número três não teria apenas o intervalo entre os ataques como coincidência. A facção criminosa enraizada nas unidades prisionais catarinenses foi fundada em 3 de março de 2003. (3/3/2003).

Situação tranquila

Para o comandante da 6ª Região da PM, coronel Ed´oner Paes Sá os homens da corporação seguem com o trabalho normal, mas com atenção redobrada e maior cautela. O delegado regional Jorge Koch diz que espera a noite ou madrugada para a Polícia Civil iniciar ou não alguma medida. Nas unidades prisionais locais, até o momento, a situação era de normalidade.

CD´s foram entregues

O caso ocorreu por volta das 5h30min em São José. Dois homens que fugiram em uma moto invadiram o coletivo, ordenando que os passageiros saíssem e após, tocaram fogo. Dois CD´s foram entregues ao motorista do ônibus. Os dois criminosos chegaram a dizer que a ação seria uma represália às más condições na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, berço da facção.

A Polícia Civil não divulgou o conteúdo da mídia para não atrapalhar as investigações. Mas, nos CD´s teriam denúncias sobre condições de tratamento inadequadas a massa carcerária e a seus familiares: o mesmo motivo das ondas de atentados.