Acidentes de trabalho se mantêm estáveis, durante 11 anos no município, mesmo com aumento na quantidade de empregos no município.
Foto: Muriel Albonico/O Semanário
A geração de empregos em Lauro Müller, entre 2002 a 2015, superou em mais de 300% a média nacional, puxada pela demanda de mão de obra nos segmentos de mineração, transportes e comércio, potenciais no município. Com o crescimento na quantidade de trabalhadores, porém, o município não registrou aumento considerável na taxa de acidentes de trabalho.
Dados do Ministério do Trabalho (MT) e também do Ministério da Previdência Social (MPS) apontam que a variação fica entre 3,7% da mão de obra contratada (em 2002, 2006 e 2010) até, no máximo, 6% dos trabalhadores. O curioso é que Lauro Müller registrou mais casos de acidentes em ambiente de trabalho entre 2007 a 2009, num período em que as demissões superaram as contratações, isto é, havia menos gente contratada. Em 2008 foi registrada a maior quantidade de pessoas que tiveram algum envolvimento com acidentes trabalhistas, com 191 casos registrados.
Os dados apresentados pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), produzido pelo ministério da Previdência Social, mostram que entre 2002 a 2012 – último ano cadastrado, aconteceram 1.532 registros de afastamentos de empregados por algum tipo de acidente. Desses, 1.004 foram Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), feitos nas empresas, por eventos ocorridos por empregados dentro do local de trabalho. Outros 134 trabalhadores tiveram sinistros ocorridos nos trajetos para o trabalho, 72 foram afastados por conta de doenças, 322 sem registro de comunicação e oito acabaram falecendo.
A quantidade de óbitos entre empregados de Lauro Müller ficou muito abaixo do índice nacional. Pelos dados do MPS, em 2012 por exemplo, foram registrados no Brasil cerca de 705.239 acidentes de trabalho com 2.731 mortos, ou seja, 0,4% do total. Em Lauro Müller, no mesmo período, foi registrado um óbito, cerca de 0,03% do total de CATs.
Segundo dados do MT, oito trabalhadores morrem todos os dias no Brasil e outros 40 trabalhadores, em média, acabam inabilitados para o trabalho. Esses dados lançam o país como o quarto colocado no ranking mundial de acidentes de trabalho.
Informações do Anuário Brasileiro de Proteção 2015, que utiliza os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social, mostram que no ano de 2013, no Brasil, foram 717.911 acidentes no total, 2.814 óbitos e 16.121 incapacidades permanentes. Além disso, mais de 10 bilhões são gastos com encargos previdenciários, todos os anos, no país.
Colaboração: Muriel Albonico/O Semanário