Geral

Temer decreta uso das Forças Armadas contra greve de caminhoneiros

Em tom duro, o chefe do Executivo nacional disse que, de forma imediata, “vai implantar o plano de segurança para combater desabastecimento".

Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

Em pronunciamento nesta sexta-feira (25), o presidente da República, Michel Temer, anunciou que usará forças federais — entre elas a Marinha, o Exército e a Aeronáutica — para obrigar os caminhoneiros a encerrarem a greve que paralisa o país pelo quinto dia consecutivo.

Em tom duro, o chefe do Executivo nacional disse que, de forma imediata, “vai implantar o plano de segurança para combater os graves efeitos de desabastecimento causados por essa paralisação”.

Além de autorizar o uso de força militar no âmbito federal, Temer pediu para que os governadores fizessem o mesmo em seus estados. “O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra o seu papel. O governo teve, como tem sempre, a coragem de dialogar. Agora, terá a coragem de exercer sua autoridade em prol do povo brasileiro”, discursou.

A fala oficial do presidente ocorre no quinto dia de protestos que causam desabastecimentos em praticamente todos os setores da economia. Antes de anunciar que colocará o Exército nas ruas, Temer disse que atendeu a 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros.

“Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo. Muitos caminhoneiros, aliás, estão fazendo sua parte mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender à população e fazer o seu trabalho”, afirmou o presidente.

Entretanto, representantes da classe negam e afirmam que não houve consenso. Por isso, manifestações e bloqueios foram mantidos nesta sexta-feira (25). Segundo eles, o acordo não atendeu às reivindicações da classe.

Desobstrução de vias

A ação das forças federais será autorizada por decreto presidencial que deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial até o fim da tarde desta sexta (25). O Ministério da Segurança Pública já está em contato com secretários de unidades da federação para articular a atuação nos estados.

A prioridade na desobstrução será das vias que dão acesso a seis aeroportos que enfrentam problemas – entre eles o de Congonhas e o de Brasília —, além de duas termelétricas e seis “bases” de combustíveis pelo Brasil. As primeiras ações devem ocorrer no Rio de Janeiro, que já está sob intervenção federal.

As forças de segurança terão autonomia, inclusive, para assumir a direção de caminhões cujos donos não obedeçam a ordem de desobstrução. Também estão autorizadas a prender os que não acatarem a decisão. Ainda não há previsão de quando a desobstrução deve ser finalizada, mas o governo pretende fazer um monitoramento permanente da situação.

Com informações do site Metrópoles

Notícias Relacionadas

Procon autua posto de combustíveis por preço abusivo em Criciúma

Operação irá fiscalizar 40 estabelecimentos do município, três já foram autuados.

Instituições de ensino da região informam sobre situação das aulas

Petroleiros deflagram greve de 72 horas a partir de quarta-feira

Abastecimento chega ao limite em Imbituba

Postos de combustíveis e supermercados devem liquidar seus estoques até a próxima terça-feira (29).