Política

Tensão pós-eleição em Lauro Müller

Fabrício e Ramiris decidem não formar equipe de transição

O clima durante as Eleições Municipais 2012 em Lauro Müller não foi dos melhores. Isso, tanto entre candidatos adversários, quanto entre os eleitores. Os mais velhos na política da cidade, dizem que nunca presenciaram uma campanha tão ferrenha, como a que aconteceu neste ano.

Mesmo agora, depois do resultado das urnas que deu a vitória aos candidatos de oposição, Fabrício Kusmin Alves, prefeito (PSD) e Ramiris Fontanella, vice (PP), o clima continua quente na cidade.

Na segunda-feira um grupo de eleitores do prefeito eleito fez um protesto na Câmara de Vereadores e conseguiu adiar a votação de um projeto do atual prefeito para a venda de veículos e equipamentos agrícolas usados.

Outra prova de que o relacionamento, que já não era dos melhores, entre o atual e o futuro prefeito ficou ainda mais abalado com as eleições, está no modo como será feita a transição de governo no município. A princípio se cogitou uma transição harmônica e normal como deve ser. Porém, após conversar com seu vice, Fabrício decidiu não formar equipe de transição e nomeou um interlocutor para colher junto a prefeitura algumas informações que julga necessárias para “tomar pé” da situação da administração municipal.

Um ofício com uma série de questionamentos e pedidos de informação foi encaminhado por Fabrício ao prefeito Hélio Bunn, que por sua vez já nomeou uma equipe de servidores para cuidar da transição.

Até o dia de hoje, Hélio e Fabrício ainda não haviam se encontrado para conversar sobre qualquer assunto referente a administração municipal.

Novo secretariado

Essa semana, em entrevista a jornalista política Kelley Alves, do jornal A Tribuna, Fabrício informou que só pretende anunciar os nomes que irão compor o primeiro escalão de seu governo, no início de 2013, no máximo até o dia 20 de janeiro, data do aniversário de Lauro Müller.

Conforme o prefeito eleito, suas escolhas serão baseadas em critérios técnicos e não políticos. Ele também disse que quando foi formada a coligação entre PSD, PP, DEM e PT, não foi discutido sobre cargos ou vagas.

Primeira ação será na área da saúde

Fabrício fez questão de reafirmar na entrevista, que já nos primeiros dias de governo dispensará atenção especial à saúde. Ele falou que antes mesmo de assumir já está trabalhando e tratando do assunto.