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Tentativas de ataques de hackers ao sistema do TSE não afetaram resultados das Eleições, afirma Barroso

A respeito do atraso na totalização dos votos, o ministro explicou que um supercomputador foi fornecido para computar, de forma centralizada, os dados de urnas eletrônicas de todo o país.

Divulgação

As tentativas de ataques cibernéticos sofridas pelo sistema de totalização de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo (15) não foram capazes de interferir no resultado que as urnas apresentaram ao final do dia de ontem. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, durante coletiva à imprensa, em que fez um balanço do primeiro turno das Eleições Municipais de 2020.

Depois de uma apuração complexa, a equipe de especialistas da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE identificou 486 mil conexões por segundo para tentar derrubar, sem sucesso, o sistema de totalização de votos. “Houve um ataque massivo proveniente dos Estados Unidos, da Nova Zelândia e do próprio Brasil para tentar ultrapassar as barreiras de segurança de Tecnologia da Informação do TSE, mas que não obteve nenhum êxito”, garantiu Barroso.

O ministro explicou ainda que os dados administrativos vazados de funcionários e ex-ministros do Tribunal referiam-se aos anos de 2001 a 2010 e que foram divulgados neste domingo para causar impacto e a sensação de fragilidade do sistema. “São milícias digitais e grupos extremistas, inclusive já investigados pelo Supremo Tribunal Federal, que entraram em ação. Já pedi a instauração, pela Polícia Federal, de uma investigação sobre o assunto”, afirmou.

A respeito do atraso na totalização dos votos, o ministro Luís Roberto Barroso explicou que um supercomputador foi fornecido pela empresa Oracle para computar, de forma centralizada, os dados provenientes das urnas eletrônicas de todo o país. Ele ressaltou que a centralização, no TSE, da totalização dos votos foi adotada a partir de uma recomendação da Polícia Federal para reduzir a quantidade de superfícies de ataque.

O secretário de Tecnologia da Informação, Giuseppe Janino, disse que os peritos da Polícia Federal trataram a totalização da distribuição, no âmbito dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) como uma tática chamada de redução de superfície de ataque.

“Quando se têm 27 pontos, em tese, você teria o mesmo número de chances de pontos para atacar. Mas quando você concentra em um ponto e, nesse ponto, se concentram vários requisitos de segurança, como uma sala cofre de segurança, além de vários softwares, gestão e um serviço de vigilância 24 horas por sete dias na semana, se tem uma possibilidade menor de ataques. E como vimos, foram apontadas mais de 480 mil conexões por segundo ao sistema durante a eleição (mais do que o dobro registrado em 2016). Então, foi essa a estratégia e recomendação da PF que possibilitou seguir com o sistema atual”, explicou.

Efetividade

O ministro Barroso ainda reforçou que as eleições e o sistema digital das eleições funcionaram com efetividade. Segundo ele, o novo sistema é seguro e está respaldado por protocolos de segurança já conhecidos. “Não pretendemos voltar a um sistema anterior; não há nenhuma intenção de ruptura deste modelo, apenas continuidade com aperfeiçoamento do atual”, destacou.

No entanto, em função da pandemia de Covid-19, o equipamento não pode ser entregue na data prevista e os testes prévios com os ambientes simulados da eleição não foram realizados. “A inteligência artificial demorou a processar os dados no volume desejado. Além disso, houve uma falha em um dos núcleos do equipamento”, destacou o presidente do TSE. De acordo com ele, o único impacto decorrente desse problema foi um atraso na divulgação do resultado de pouco mais de duas horas.

Com informações do site Notisul

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