Fenômeno deve começar nesta segunda-feira (17) e permanecer até o dia 24 de fevereiro, provocando noites abafadas com temperaturas acima dos 30°C

Foto: lamyai
A terceira onda de calor de 2025 começa nesta segunda-feira (17), menos de dois meses após o início do ano. Segundo registros oficiais do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), uma nova massa de ar quente avançará sobre o centro do país, impactando amplas áreas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste.
A primeira onda de calor do ano ocorreu entre 17 e 23 de janeiro. A segunda, entre 2 e 12 de fevereiro, afetando principalmente o Rio Grande do Sul (Porto Alegre registrou 39,3°C e várias cidades gaúchas ultrapassaram os 40°C). A terceira onda deve ocorrer até o dia 24 de fevereiro, elevando as temperaturas em mais de 5°C acima da média em uma ampla área do país.
Quais devem ser as regiões mais afetadas?
Conforme previsão do Inmet, os principais estados afetados serão Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Pernambuco, embora regiões vizinhas também possam sentir os efeitos do fenômeno.
O dia mais quente da semana deve variar de acordo com a região, ocorrendo entre segunda (17) e terça-feira (18). Na segunda, as máximas devem alcançar até 38°C em Corumbá (MS), 33°C em São Paulo (SP) e 34°C em Petrolina (PE).
Noites abafadas
O calor continuará intenso durante a noite, com madrugadas abafadas. Às 22h de segunda (17), as anomalias previstas pelo modelo ECMWF apontam temperaturas até 9°C acima da média no leste de Minas Gerais.
Em Florianópolis, o calor deve ficar até 8°C acima do normal no período noturno, assim como em São Paulo, onde os termômetros devem subir cerca de 7°C. Esses valores podem resultar em mínimas próximas aos 30°C durante a noite.
O que provoca essa onda de calor?
As ondas de calor são períodos prolongados de temperaturas extremamente altas, geralmente acima da média histórica de determinada região. Elas são causadas por sistemas de alta pressão que bloqueiam a formação de nuvens e impedem o resfriamento do ar.
A ONU (Organização das Nações Unidas) diz que atividades humanas, como a emissão de gases de efeito estufa, têm contribuído para o aumento das temperaturas globais, tornando as ondas de calor mais comuns e perigosas.
De acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), é praticamente certo que as temperaturas extremas aumentaram em frequência e intensidade desde a década de 1950.
O impacto disso é sentido na saúde pública, na economia e no meio ambiente, com riscos de incêndios florestais, queda na produtividade agrícola e sobrecarga nos sistemas de energia ao redor do mundo.
Com informações do R7