Saúde

Testes do pezinho de bebês de Santa Catarina serão analisados no Paraná

Desde 2015, exames eram realizados com dificuldade.

Foto: Divulgação

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A Secretaria de Saúde de Santa Catarina anunciou nesta quinta-feira (4) que os testes do pezinho de bebês catarinenses serão feitos por um laboratório do Paraná.

A justificativa é a eficácia e economia aos cofres públicos. Desde 2015, o estado tinha dificuldades em realizar o procedimento e muitos deixaram de ser feitos.

Conforme o governo, a escolha foi feita pois o laboratório paranaense da Fundação Ecumenica de Proteção ao Excepcional (Fepe) é referência no país. Os municípios continuam a coletar o material das crianças, mas será encaminhado para análise através dos Correios.

Com isso, cerca de R$ 3,5 milhões destinados ao ano a Santa Catarina pelo Ministério da Saúde serão transferidos para a Secretaria de Saúde do Paraná, sem custo extra ao orçamento estadual.

A empresa anteriormente contratada pelo estado iria cobrar R$ 14 milhões para a realização dos testes em 2016.

A confirmação do diagnóstico continua a cargo do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.

Os exames realizados no teste são fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência da biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. O teste de galactosemia foi retirado da relação pois, segundo o governo, a detecção precoce não altera o curso da doença.

Falta no estado

Em abril, a Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina se comprometeu a regularizar os testes do pezinho dentro de, no máximo, 30 dias. O prazo, estabelecido em audiência pelo Ministério Público, vencia no dia 14 de maio. Os primeiros problemas na realização dos testes começaram em dezembro do ano passado.

Em Santa Catarina, o teste compreende sete exames, mas, na maioria dos casos, o estado estava fazendo apenas dois deles. O sangue dos recém nascidos até era coletado, mas quando as amostras chegavam ao Laboratório Central, em Florianópolis, o exame completo não era feito devido a falta do kit.

Na época, a Secretaria de Saúde disse que já tinha notificado a empresa que fornece o material, e que um novo abastecimento deveria resolver a situção. A promessa era de que tudo estivesse certo no mês de março. Porém, a empresa que fornece os kits, disse que estava sem receber do governo, e que os pagamentos sempre eram feitos em atraso.

Com informações do G1 SC