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Trabalhadores da saúde em estado de greve

A categoria não aceitou 1.42% de aumento real na quarta rodada de negociação realizada na tarde de ontem

Foto: Divulgação

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Os trabalhadores da saúde que atuam nos hospitais rejeitaram a proposta oferecida pelo Sindicato Patronal na quarta rodada de negociação de 1.42% de aumento real e R$ 825,00 no piso e aprovaram estado de greve.

São cerca de cinco mil profissionais em 15 entidades do sul de Santa Catarina. Foram duas Assembleias realizadas na noite de ontem na sub-sede do Sindicato em Araranguá e na sede provisória em Criciúma. “Ainda na mesa de negociação sinalizamos pela rejeição dessa proposta vergonhosa que também não foi aceita pela categoria. Esses trabalhadores que salvam vidas precisam e merecem serem valorizados eles ganham em média um salário nada digno de R$ 1.200,00 e temos que garantir melhorias nas suas rendas e demais cláusulas. Estamos abertos para continuarmos a negociação e esperamos que eles avancem, mas de outra forma, com a revolta da categoria uma paralisação poderá ser deflagrada a qualquer momento”, explica. 

Cleber Ricardo Cândido, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), lembra que uma das reivindicações importantes além do índice, é o fim do banco de horas. “Esse banco favorece apenas as intuições, pois o funcionário trabalha horas a mais de graça para o patrão”, pondera o sindicalista.

Na terceira rodada de negociação da Negociação Coletiva realizada dia 19, foi oferecida 0,95% de aumento real e 8% no piso. A categoria reivindica 12,0% de aumento geral, piso salarial mínimo de R$ 850,00 e pisos diferenciados por função. Entre as cláusulas foram reivindicados, triênio, fim do banco de horas, folga para quem faz a jornada 12 x 36 entre outros. A data-base é 1º de novembro.

A pauta foi aprovada nas 13 Assembleias que aconteceram nas instituições da região no mês de setembro e inicio de outubro.

Colaboração: Maristela Benedet