Deposição de sangue e resíduos animais diretamente sobre solo permeável e de recipientes com resíduos orgânicos a céu aberto estão entre as irregularidades apontadas na Ossotuba.
Foto: Divulgação / Notisul
A indústria Ossotuba, de Tubarão, ficará suspensa das atividades por tempo indeterminado. O motivo é por ter infringido a Lei 9605, do artigo 54, sobre a poluição que ocasiona danos à saúde pública. As explicações foram emitidas na tarde de ontem pelo delegado de Trânsito e Crimes Ambientais da Cidade Azul, André Luis Mendes da Silveira, que coordenou a investigação.
Conforme o profissional, em vistoria ao local nesta quarta-feira e no último dia 5, foram constatadas várias alterações fora da normalidade na unidade, como a colocação de britas e argilas para camuflar uma área degradada, o que não deveria ter ocorrido.
A empresa só voltará a funcionar quando todos os documentos estiverem regularizados perante a Fundação do Meio Ambiente – Fatma, conforme o site Notisul. De acordo com o delegado, o fato de possuir uma licença ambiental não faz com que as empresas se isentem de suas responsabilidades. “Não somos contra nenhuma empresa, pelo contrário, queremos que todas prosperem, mas a nossa preocupação é que sempre haja um desenvolvimento com o meio ambiente sustentável”, explica.
A Ossotuba foi fundada em 1990, está localizada na Estrada Geral Sertão dos Mendes, e atua, principalmente, com o processamento de resíduos animais, como ossos, gordura e penas. Conforme as acusações feitas na 6ª Promotoria de Justiça e Meio Ambiente, além da poeira emitida, o odor pela queima dos resíduos atinge bairros populosos. Envolveram-se na ação a Fatma, a Polícia Civil e o Ministério Público.
“Depois da primeira visita no local, esperávamos que fôssemos procurados pela empresa. Porém, contataram somente a Fatma e protocolaram um documento afirmando que a denúncia era infundada, mas o que constatamos não tinha nada de infundado”, lamenta.
