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Tubarão perde o cabeleireiro Valdemar Fernandes Braga

O corpo de Braga é velado desde às 5h, desta quarta-feira, na Igreja Assembleia de Deus Independente (ADI), na rua Antônio Delpizzo Júnior, no bairro Oficinas

Divulgação

As máquinas de cortar cabelo, tesouras e os pentes estão em silêncio em Tubarão e na região. Morreu na madrugada desta quarta-feira (9) o cabeleireiro Valdemar Fernandes Braga, aos 76 anos, do Braga Cabeleireiros. O profissional era muito querido na Cidade Azul e nos municípios da Grande Tubarão. A causa da morte foi em decorrência de insuficiência renal crônica. Ele deixa a esposa, quatro filhos, 11 netos e bisnetos.

Seu Valdemar foi um dos pioneiros do ramo na região. Ele iniciou na função ainda muito jovem, com 17 anos, e seguiu no ofício até o início de 2020, quando precisou se afastar do trabalho devido a pandemia da Covid-19.

De acordo com o Reinaldo Braga, 49 anos, filho de Valdemar, o pai trabalhava na lavoura, mas queria desempenhar desde sempre outra função. “Ele deixou os trabalhos com agricultura e queria aprender a cortar cabelos. Ele aprendeu o ofício com um amigo do meu avô, o seu Antônio Cristina. Em 1962, o meu pai começou a trabalhar como empregado em algumas barbearias do município”, contou Reinaldo no ano passado em entrevista ao Portal Notisul.

Entre os anos de 1962 até 1969 ele trabalhou em diversas barbearias. Em 1969, Valdemar fundou o Braga Cabeleireiros. “Na época, ele revolucionou e foi muito criticado pelos colegas, porque era Braga Cabeleireiros e não Barbeiros. Na ocasião, quem era cabeleireira (o) era mulher ou homossexual. Ele convidou o seu irmão, Lourival Braga para trabalhar no local”, expõe o filho Reinaldo.

Com a enchente de 1974, Valdemar foi para São Paulo e no Estado aprendeu várias técnicas e posteriormente, quando voltou para Tubarão passou a utilizar as inovações na Cidade Azul. Entre as novidades na estética capilar, o atendimento com o horário marcado no início dos anos 1980. “Na época os telefones eram caros, estavam pelo valor de um carro 0K. Ele passou a sofrer um certo preconceito porque as pessoas achavam que estava se ‘achando’ muito. Quem trabalhava com horário marcado era só médico. Meu pai acabou perdendo vários clientes. Ele já pensava diferente. Atualmente 90% dos profissionais atende com horário marcado”, pontua.

Valdemar tem uma trajetória de muito trabalho, era uma pessoa muito presente para colegas, amigos e era considerado um ser humano de coração gigante. O corpo de Braga é velado desde às 5h, desta quarta-feira, na Igreja Assembleia de Deus Independente (ADI), na rua Antônio Delpizzo Júnior, no bairro Oficinas.

Com informações do Notisul

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