Educação

Tubaronense vira acadêmico na Itália

Um sonho realizado. É assim que o ex-aluno da Escola Técnica de Comércio de Tubarão (ETCT) Artur Bianchini define o momento em que vive. Ele entrou para uma universidade italiana.
Artur foi aprovado no dia 20 de agosto com mérito para ingressar no curso de Ciências Políticas e das Relações Internacionais na Università Degli Studi di Pavia, na Itália. Em um cartão enviado à direção e aos ex-professores da ETCT, Artur diz que “gostaria, com este pequeno gesto, de agradecer a todos que muito contribuíram para minha formação e meu caminho”.

Ele também cita, no cartão, que o ateneu da universidade foi fundado no ano de 825 pelos longobardos e instituída universidade em 1365. Nela já passaram três prêmios nobéis e nomes como Ugo Foscolo, Alessandro Volta e Galileu Galilei, entre outros.

“Desde 1712, que foram os primeiros registros que encontrei de minha família, nunca tivemos a possibilidade de estudar em uma universidade italiana. Havia pouca mobilidade social, já nascíamos predestinados a cultivar a terra que nunca nos pertenceu”, lembra.

O jovem tubaronense tem 22 anos e junto com outro colega, Eduardo Bonetti, partiu para a Itália em junho para reconhecer a cidadania italiana. Ainda em Tubarão, quando estudantes da Unisul no curso de Relações Internacionais, realizaram um trabalho acadêmico que retratava a reimigração por parte dos descendentes de italianos do Sul de Santa Catarina e suas trajetórias pelo caminho inverso de seus antepassados. A ideia de finalizar os estudos em uma universidade italiana foi anterior ao documentário.

Segundo o Diário do Sul, Artur é descendente direto de Beniamino Bianchini, nascido na “comune” de Longarone, Belluno, imigrante italiano que veio a se instalar na então colônia de Nova Veneza, em 1892.