Esposa, sogra e filho do artista plástico conseguiram fugir e desembarcaram em solo brasileiro no avião da FAB na última quinta-feira
O ucraniano Volodymyr Borodin, que já morou em Balneário Camboriú com a família, recebeu a liberação do serviço militar e não precisará lutar na guerra contra a Rússia. O artista plástico planeja voltar para o Brasil nesta segunda-feira (14) para se juntar ao filho catarinense de três anos.
– Eu não estou acreditando, estou emocionado, só vou acreditar quando conseguir passar a fronteira – disse.
Por causa dos ataques russos, homens maiores de 18 anos que ainda estão na Ucrânia são convocados para combater o exército do país vizinho. A convocação ocorre desde 24 de fevereiro, quando o presidente Vladimir Putin autorizou o início do bombardeio.
Para ser liberado das atividades militares, o ucraniano de 50 anos precisou renovar o atestado que comprova a liberação do serviço. O documento estava vencido, e a autorização foi confirmada no último sábado (12). O homem tem problemas de saúde e apenas um rim.
Até receber a liberação, Borodin aguardava em Suscovo, cidade que fica na região da fronteira entre a Ucrânia e a Eslováquia. Nesta terça-feira (15), o ucraniano deve fazer uma viagem de ônibus para a Republica Tcheca, onde embarca em um voo comercial até São Paulo.
A mulher, sogra e o filho de Borodin chegaram no Brasil na última quinta-feira (10), no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que desembarcou em Brasília. O filho do artista nasceu em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, por escolha da família.
Fuga
O artista e a mulher têm visto permanente do Brasil e, desde 5 de março, tentavam deixar o país em guerra. Eles chegaram a fazer uma viagem de trem de 14 horas, enfrentando temperaturas abaixo de 0°C.
Conflito
A Rússia exige que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) interrompa sua expansão em direção ao leste europeu. O presidente Vladimir Putin disse considerar inaceitável a filiação da Ucrânia à aliança militar integrada pelos Estados Unidos.
Segundo Putin, a Rússia se viu “sem escolhas” a não ser se defender contra o que ele classificou como ameaças da Ucrânia – um estado democrático com uma população de 44 milhões de pessoas.
Com informações do g1