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Um ensaio fotográfico sem preconceitos

Foto: Daiane Holthausen

Foto: Daiane Holthausen

Cadeirante desde os 11 anos, Juliana Alberton, hoje com 29, ganhou um ensaio fotográfico de uma amiga de Orleans e mostra que limitações físicas não são problema para quem quer participar de um trabalho artístico. As fotos, feitas em um estúdio, tiveram a participação do marido, Alessandro, com quem é casada há cinco anos.

A produção desse book fotográfico surgiu quase que por acaso. Durante boa parte da vida, Juliana sempre esteve nas tradicionais fotografias de amigos ou da família, mas aos poucos se distanciou desses registros.

“Não teve nada a ver com meu problema físico ou timidez, foi algo que surgiu aos poucos. Simplesmente me desinteressei de aparecer em fotos”, explica.

Ela teve uma doença degenerativa diagnosticada aos seis anos. Aos 11 perdeu completamente o movimento das pernas e se tornou cadeirante.

Há alguns dias, a amiga Daiane Holthausen, dona de um estúdio fotográfico em Orleans, fez um convite para um ensaio. Foi a volta em grande estilo de Juliana aos registros fotográficos.

O trabalho em estúdio ocorreu na segunda-feira passada. Daiane foi maquiada durante 15 minutos e depois ficou cerca de duas horas sendo fotografada por Daiane. Em algumas fotos estava o marido, Alessandro, funcionário de uma indústria de plásticos de São Ludgero.

“Gostei bastante, não fiquei envergonhada nem tive dificuldades nas poses. Foi bem tranquilo”, garante Juliana, que hoje não desempenha uma ocupação profissional, mas cuida de tudo que é preciso na residência do casal.

Por enquanto, Juliana tem apenas as fotos digitais disponibilizadas pelo estúdio fotográfico. O álbum físico, mais do que especial, deve ser entregue a ela nas próximas semanas.

Com informações do Jornal Diário do Sul