Educação

Unesc é única universidade a integrar prêmio internacional para jovens pesquisadores


Uma aluna da Unesc está entre os quatro jovens pesquisadores reconhecidos pela Sociedade Internacional de Transtorno Bipolar com o prêmio Samuel Gershon Awards for Junior Investigators. A doutoranda do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) da Universidade Samira Valvassori vai receber o prêmio, que reconhece profissionais que pesquisam sobre o transtorno bipolar. A Unesc é a única instituição brasileira presente na conquista.

“Para Unesc, para o Laboratório de Neurociências e para mim é de extrema importância ter o nosso trabalho sendo reconhecido mundialmente, principalmente por pesquisadores que trabalham especificamente na área. Isso só enfatiza nosso esforço e seriedade”, comenta Samira.

A premiação será entregue no dia 14 de junho, durante a abertura da 10ª Conferência Internacional sobre Transtorno Bipolar, que será realizado em Miami (EUA).

Pesquisa reconhecida

A escolha dos quatro premiados se dá através de um estudo desenvolvido pelo pesquisador, além da análise do seu currículo pela Sociedade Internacional de Transtorno Bipolar. O trabalho de Samira reconhecido foi “Efeitos dos estabilizadores do humor sobre uma via de sinalização de morte celular em um modelo animal de mania induzido por ouabaína”.

“Neste trabalho nós avaliamos os efeitos de estabilizadores de humor, ou seja, fármacos utilizados no tratamento do transtorno bipolar. Com ele nós contribuímos para o entendimento sobre a fisiopatologia (funcionamento) do transtorno bipolar e sobre como funciona os estabilizadores do humor”, explica a doutoranda.

A pesquisa de Samira está sendo feita na Universidade de Toronto (Canadá), onde ela faz doutorado sanduíche, com a orientação dos professores doutores Trevor Younge e Ana Cristina Andreazza. Na Unesc ela é orientada pelo professor doutor João Quevedo.

Destaque internacional

Além da Unesc os quatro pesquisadores premiados também representam outras instituições, como a Universidade de Groningen (Holanda); o Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências (Índia); a Universidade Local de Paris, a Fundação Fundamental, o Centro de Pesquisa Neurospin e o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (França), e a Universidade de Toronto (Canadá).

Incentivo desde a graduação

“Eu trabalho com pesquisa na Unesc desde a minha graduação, como aluna de iniciação científica. Depois fui aluna de mestrado e agora de doutorado. Eu acredito que esse prêmio fecha com ‘chave de ouro’ a minha formação e toda a minha dedicação durante esses quase 10 anos”, afirma Samira, que tem 27 anos e é graduada em Ciências Biológicas.

A doutoranda destaca que a conquista de um prêmio internacional é um reconhecimento ao seu trabalho. “Significa que estou no caminho certo e, apesar das dificuldades, de tanto estudo e esforço, sempre existe o reconhecimento, que no final das contas é a maior recompensa”, descreve.