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Unisul realiza monitoramento de jacarés no complexo lagunar

A Udesc também participa da iniciativa.

Divulgação

Durante as últimas semanas, o aparecimento de jacarés no sul do estado foi destaque em vários veículos de comunicação. Um deles, inclusive, chegou a atacar um morador da cidade de Laguna que se aproximou muito do animal. Até o momento, oito animais já foram avistados. A Polícia Militar Ambiental da cidade, preocupada com a situação, convidou a Unisul, por meio do Grupo de Pesquisa de Zoologia e Ecologia de Vertebrado (ZEV), para realizar um projeto de monitoramento dos jacarés. A Udesc também participa da iniciativa.

O trabalho iniciará já no próximo mês e tem duração de dois anos. O grupo realizará um monitoramento embarcado, ou seja, irá percorrer o Rio Tubarão e seus afluentes fazendo uma contagem dos animais e também a captura. Segundo o professor da Unisul, Rodrigo Ávila Mendonça, responsável pelo ZEV e pelo monitoramento, também serão inseridos um microchip e um brinco na cauda do animal.

“IREMOS CAPTURAR O ANIMAL, MARCA-LO E DEPOIS DEVOLVÊ-LO. ESSE TRABALHO VAI AUXILIAR NA CONTAGEM DA POPULAÇÃO. O BRINCO NA CAUDA DO ANIMAL TAMBÉM TEM O OBJETIVO DE MOSTRAR PARA A SOCIEDADE QUE O ESTADO E AS UNIVERSIDADES ESTÃO MONITORANDO OS ANIMAIS”, REFORÇA RODRIGO.

Por que eles estão nos meios urbanos?

Os animais que estão aparecendo no meio urbano são conhecidos como jacaré-do-papo-amarelo e são muito comuns na região. Um dos grandes objetivos do monitoramento é justamente identificar as causas que podem estar levando ao aparecimento destes animais. O professor Rodrigo aponta algumas possíveis hipóteses:

  • Deslocamento natural dos animais;
  • Chuvas: os animais aproveitam as cheias dos canais e fazem o deslocamento para novas áreas, para reprodução, abrigo, alimentação, o que é algo normal para todos os animais;
  • Desequilíbrio ambiental: os jacarés precisam da luz solar para se aquecerem. Com a retirada das matas ciliares dos rios, há maior abundância de sol nestas áreas, o que faz com o que os animais fiquem mais próximos dos perímetros urbanos;
  • Conscientização: antigamente, a caça ao jacaré era muito comum. Como os órgãos de fiscalização estão investimento em monitoramento e a sociedade está mais sensibilizada, a população de jacarés pode estar voltando a sua normalidade.

O que fazer?

Todos os animais silvestres, quando avistados, não devem ser incomodados. Causar injúria ao animal é considerado um crime ambiental. A Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 garante a proteção da fauna brasileira. A pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa.

Segundo o professor, esse distanciamento deve ser mantido tanto para a segurança do animal quanto do ser humano. “Nós não sabemos o motivo que levou aquele animal até ali. Tocar no animal ou se aproximar muito pode ativar um gatilho chamado de luta ou fuga. No caso do jacaré, que é um animal pesado e grande, ele vai lutar ao invés de fugir”, esclarece.

Caso você aviste um animal silvestre, como o jacaré, o recomendado é entrar em contato com a Polícia Militar Ambiental mais próxima, que é capacitada para lidar com a situação.

Colaboração: Comunicação Unisul 

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