Cultura

Urussanga já vive o Fórum Catarinense de Cultura

Mais de 180 municípios de Santa Catarina estiveram representados no Parque Municipal Ado Cassetari Vieira na tarde e na noite desta quarta-feira, na abertura da quinta edição do Fórum Catarinense de Gestores Municipais de Cultura. O evento ocorre até sexta-feira em Urussanga.

O prefeito de Urussanga, Johnny Felippe, deu as boas-vindas aos presentes e apresentou os atrativos da cidade. “A dificuldades dos municípios para investir em cultura é grande, mas nós já começamos a transformar Urussanga num polo cultural e numa cidade de eventos”, afirmou. 

O prefeito de Chapecó e presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), José Caramori, enalteceu a recepção no município e lembrou que a busca por recursos é importante, mas não é tudo. “Cultura não se faz por decreto. Não é algo que o prefeito determina e a Câmara aprova. É preciso criatividade, determinação e vontade”, frisou.

Também participaram da solenidade de abertura diversos prefeitos e autoridades do setor de cultura de todo o estado. Entre elas estavam o presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), João Réus Rossi, a presidente do Conselho dos Gestores Municipais de Cultura de Santa Catarina (Congesc), Roselaine Vinhas, o coordenador-geral do Sistema Nacional de Cultura, Pedro Ortale, e a presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Maria Terezinha Debatin.

Palestrante fala sobre planejamento da cultura

Logo depois da abertura, os participantes do Fórum assistiram a uma palestra da conferencista Cláudia Sousa Leitão, mestra em Sociologia Jurídica pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora em Sociologia pela Sorbonne, Université René Descartes, Paris. Ela criticou o tratamento mercadológico que se costuma dar à cultura, em benefício apenas a grandes artistas. “Eles já conseguem gerar receita por conta própria, não precisam de mais incentivos. Dessa forma a cultura local nunca terá espaço”, explicou.

Cláudia defendeu que os municípios disponham recursos próprios ao setor responsável pela Cultura, independente de outras secretarias. “Nós precisamos planejar o futuro, não pensar curto. Precisamos mudar o nosso hábito de agir sempre de forma tempestiva, apenas para resolver os problemas imediatos”, afirmou. Ela foi secretária da Cultura do Estado do Ceará de 2003 a 2006 e secretária da Economia Criativa (SEC), do Ministério da Cultura de 2011 a 2013.

Tombo da polenta encerra primeiro dia

Ao fim do dia os participantes do Fórum assistiram ao Tombo da Polenta, realizado depois da mesa-redonda sobre o Sistema Nacional de Cultura, com representantes do Governo Federal e do Governo do Estado.

Colaboração: Renan Medeiros
 

[soliloquy id=”118935″]