Saúde

USP indica que sintomas pós-Covid permanecem em 80% dos pacientes com comorbidades por até 4 meses

Estudo analisou 175 pessoas, das quais a maioria era obesa. Sintomas mais comuns são fadiga, falta de ar e dor de cabeça.

Foto: Freepik

Uma pesquisa da USP em 175 pacientes com comorbidades e que tiveram Covid-19 apontou que em 80% dos casos os sintomas pós-doença permanecem por até quatro meses após o início da fase mais aguda da infecção.

Segundo o estudo, os sintomas mais comuns observados foram fadiga, fraqueza, dor de cabeça, falta de ar, tosse, esquecimento e perda de memória. Os dados foram apresentados pelos pesquisadores na sexta edição da Conferência Internacional de Prevenção e Controle de Infecções, em Genebra, na Suíça.

Metodologia e resultados

Os 175 pacientes têm média de idade de 53 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 31,7, o que já configura obesidade, de acordo com os pesquisadores. Além disso, as pessoas tinham hipertensão e diabete. Alguns pacientes também relataram que já foram fumantes.

Para a pesquisa, três grupos foram formados, seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) conforme os sintomas durante o período do tratamento contra a Covid:

  • Sintomas leves sem necessidade de oxigênio;
  • Sintomas moderados com necessidade de internação e oxigênio suplementar;
  • Sintomas graves com necessidade de intubação e tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI).
  • Durante o estudo, os pesquisadores observaram que pacientes que apresentaram quadro mais graves foram os que mais tiveram sintomas pós-infecção, com índice de 93%.

A pesquisa também apontou que a qualidade de vida dos pacientes piorou depois da Covid. Antes da doença, 64% relataram que a vida era boa e 16% muito boa. O número caiu para 56% e 12,3%, respectivamente.

Acompanhamento

De acordo com o infectologista Fernando Bellissimo, orientador do estudo, os pacientes continuarão sendo acompanhados durante um ano após o início dos primeiros sintomas da Covid-19.

“Agora a gente quer ver se esses sintomas são prolongados apenas ou se são verdadeiras sequelas. A gente tem percebido, depois dos quatro meses, que aos seis meses, por exemplo, esse número de 80% cai para 60%. Ou seja, alguns obtêm remissão completa dos sintomas”, explica.

Ainda segundo o médico, o acompanhamento inclui aplicação de exames físicos, medição de pressão arterial e saturação de oxigênio, frequência cardíaca e respiratória, além de teste de força muscular, exames pulmonares e aplicação de questionários e entrevistas.

Com informações do site G1

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