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Vários alagamentos são registrados na região

Algumas vias foram totalmente bloqueadas. Precipitações chegaram aos 100 milímetros em várias cidades. Defesas Civis de praticamente todos os municípios da região estão em alerta.

Começou com uma harmoniosa batidinha no telhado emitindo um sonoro som de ninar na noite desta quarta-feira. As gotas tomaram corpo durante a madrugada e transformaram-se em uma orquestra mais imponente, que pegou muita gente de surpresa já pela manhã de ontem.

Foi tanta chuva que a Defesa Civil de Santa Catarina emitiu alertas durante o dia, já que as precipitações ultrapassaram os 100 milímetros (mm) em algumas cidades, como em Timbé do Sul, na região de Araranguá. Em Orleans, chegou próximo de 80mm e em Tubarão dos 70. E quanto mais urbano o município, maiores os problemas.

Na recente obra da avenida Padre Geraldo Spettmann, principal acesso da Cidade Azul, revitalizada pela prefeitura, parece  que o novo sistema de macrodrenagem funcionou como deveria. O ponto era um dos primeiros a alagar em dias de chuva forte ou frequente, como o de ontem. “Fiquei surpreso com o que vi”, destaca o motorista de táxi Pedro Custódio. O mesmo sentimento não foi recíproco pelo morador da Vila Moema, também em Tubarão, Isidoro Paes Becker. As proximidades do Fórum, onde ficou quase isolado em sua casa, é um ponto ainda crítico em dias de aguaceiro.

“Ainda tenho esperanças que isso mude”, resume o fotógrafo lagunense Elvis Palma, que flagrou com seu olhar sempre antenado os fatos da tricentenária Laguna, onde os alagamentos são incessantes na região do bairro Magalhães. “Sempre acontecem, geralmente nos mesmos pontos. É a Laguna do dia a dia”, lamenta Elvis.

Em Nova Brasília e na região do Caic, em Imbituba, também houve transtornos no trânsito e algumas vias viraram verdadeiras cachoeiras. Na avenida Con. Itamar Luiz da Costa, assim como o trevo da Cancha, ficou tudo alagado, principalmente nas proximidades da Praça Central do bairro. Morador de Nova Brasília, André Borges Marcelino afirma que o caso é recorrente.

Chuva deve perder a intensidade ainda hoje

A chuva na região está dentro do previsto pelos meteorologistas. Hoje continua o tempo úmido e chuvoso, mas com menos intensidade. O vento registrado nas últimas horas ficou na casa dos 50 km/h em Imbituba e 41 km/h em Jaguaruna. O clima melhora e esfria consideravelmente a partir de amanhã.

Neste domingo, o amanhecer será com 2 graus e segunda-feira deverá iniciar com zero na maioria das cidades da Amurel. Existe a possibilidade de geada já neste fim de semana. Depois desta chuvarada que iniciou ainda nesta quarta e deve ir embora hoje, conforme a previsão, nos próximos dias o tempo bom predomina e as noites serão frias.

Esta primeira quinzena de julho teve pouco ar polar sobre o centro-sul do Brasil e a sensação de calor predominou. Mas nesta segunda parte do mês as coisas mudam. Os ventos e o ar polar voltam a avançar com força sobre a América do Sul e chega à região. Há possibilidade de voltar a nevar nas serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

A maior probabilidade de ocorrência do fenômeno será entre o fim da tarde de amanhã e a madrugada deste domingo. A expectativa é que ocorra chuva congelada, neve granular e até mesmo neve.

O estado barriga-verde teve uma das maiores incidências de neve na história no ano de 2013, quando os flocos caíram em mais de 100 municípios em um só dia. Até mesmo no litoral nevou à época.

Raio pode ter sido causa de incêndio

Os raios são mais rápidos que uma bala e seis vezes mais quentes que a superfície do sol. Eles duram menos de uma fração de segundo e podem transformar areia em vidro. Diariamente cerca de oito milhões de raios atingem a Terra. Embora este fenômeno natural seja um dos mais observados, ele ainda está envolto em mistérios. São destrutivos e resultam em muitas mortes.

Um incêndio de grandes proporções foi registrado ontem no Sul do estado. O Corpo de Bombeiros foi acionado devido às chamas que se alastraram rapidamente e uma casa no Jardim Cibele, em Araranguá. Um raio teria caído no imóvel.

Não houve feridos, mas a família perdeu tudo que havia dentro da residência. Casos como este não são tão incomuns. Se a casa for cercada por árvores ou um extenso gramado, a incidência do acontecimento pode ser maior.

Com informações do Jornal Notisul

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