Política

Vereador lauromüllense Serraninho (PL) lamenta estar sendo injustiçado

Vereador garante que, caso perca a cadeira no Legislativo, continuará cumprindo o mandato por três anos: “este é o meu trabalho”, declarou.

Foto: Rádio Cruz de Malta

O vereador Acione Andrade Izidoro (PL), o Serraninho, aproveitou a última sessão ordinária de 2021 para se pronunciar acerca das situações envolvendo o seu partido. O PL de Lauro Müller foi denunciado por Valdecir Miotello, candidato a vereador pelo PDT, que ajuizou uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, alegando fraude à cota de gênero nas Eleições Municipais 2020.

Inicialmente, Serraninho falou sobre o sofrimento pelo qual tem passado. “Não posso deixar de falar de um assunto que está acontecendo dentro do nosso partido, o PL, e que acaba me atingindo diretamente como vereador. Eu venho sofrendo com isso há um ano, desde o dia em que me elegi como vereador. Passados três dias, no máximo, já falaram que eu nem iria assumir. Isso machuca e dói muito”, conta.

Ao continuar seu pronunciamento, falou que, por ser inocente, por muito tempo esteve otimista com o desfecho da situação. “Eu tinha esperança porque não fiz nada de errado, não errei. Quando erramos, temos que pagar pelo que fizemos. Se eu tivesse feito uma campanha ou qualquer coisa errada, deveria ser punido pela lei. Mas hoje tenho a sensação de estar sofrendo uma injustiça muito grande comigo, com minha família e com as pessoas que votaram em mim”, lamentou.

Por respeito a estas pessoas, ele optou por se pronunciar a fim de fazer alguns esclarecimentos. “Esta ação é contra o partido do PL e não contra o vereador Serraninho. Como eu disse, não devo nada à Justiça e não há nada contra a minha pessoa. É uma ação movida por um candidato do PDT contra o partido do PL. Se o PL perder esta ação, com certeza, o maior atingido sou eu, porque sou o único vereador eleito pelo partido. Muitas pessoas me perguntam se eu posso concorrer em uma próxima eleição e com certeza sim. Isso não impede nada, pois não há nada contra meu nome”, explicou.

Sobre a suposta candidatura fraudulenta

Em relação à suposta fraude na candidatura de Gislane Candido como vereadora, que teria resultado na denúncia, Serraninho deu sua versão sobre os fatos. “O PL é um partido pequeno em Lauro Müller. Foi montado em cima da hora, não chega a 30 filiados. Não tem estrutura nenhuma financeira. Fomos para uma campanha com seis candidatos, sendo quatro homens e duas mulheres”, contextualizou.

“Todos estes candidatos estavam de acordo com isso. Vivemos em uma democracia, não vamos forçar uma pessoa a fazer o que ela não quer. Acompanhando o relator do caso, nos corta o coração ver a situação totalmente distorcida pelo que chegou lá e pela forma como conduziram. Lá, a Gislaine Candido é tida como vítima, mas vítima do quê? Uma pessoa que diz que não gosta e não quer saber de política, por que desistiu um dia depois que não poderia substituir nenhum candidato? Uma pessoa que não tem interesse político não teria esta atitude”, completou.

Segundo o vereador, toda a situação não passa de um “jogo político”. “Ela poderia até não ter essa capacidade, mas pessoas por trás dela têm. E aí é que entra o jogo político em Lauro Müller, onde existe uma quadrilha sugando nosso Município e não é de hoje, é de anos. Temos ex-prefeito cheio de processos. Perdeu um agora e vai devolver milhões de reais ao Município, recorreu para Brasília. E anda de cabeça erguida, achando que é o cara. Temos gente que se beneficiou do Estado através de propina, atingindo os agricultores, enriquecendo”, declarou.

“Eu entrei pobre e sai pobre do setor público”

Para finalizar, Serraninho falou de sua trajetória e agradeceu a todos que o apoiaram. “Eu entrei e sai pobre do setor público. Tenho o nome limpo, graças a Deus. Fui secretário de Agricultura, de Obras e do Meio Ambiente. Fiz o meu trabalho de forma séria e honesta. Só quero agradecer a todas as pessoas e à minha família pelo apoio, pois é o que está me deixando com firmeza para seguir em frente. E eu quero dizer que, se eu não for mais vereador, se eu perder esta cadeira, eu vou cumprir o meu mandato por três anos, ajudando a fiscalizar e ajudando as pessoas, pois este é o meu trabalho”, concluiu.

Relembre o caso

Neste mês, juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC) julgaram a ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime) e determinaram a revogação o registro do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do PL de Lauro Müller. Como consequência, determinaram que o diploma do Serraninho, o único vereador eleito, fosse cassado.

Isso porque o TRE/SC concluiu que foi comprovada a existência de candidatura feminina fraudulenta, que teria sido lançada visando cumprir formalmente o percentual mínimo de cotas de gênero (30%). A fraude teria ocorrido na candidatura de Gislane Candido como vereadora, que teria sido fictícia, a fim de cumprir a cota de gênero nas Eleições Municipais 2020.

Com a anulação dos votos da sigla e a perda do mandato de Serraninho, vereador eleito pelo Partido Liberal (PL), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) deve assumir uma cadeira no Legislativo lauromüllense, representado por Valdecir Miotello, que foi quem ajuizou a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo com a denúncia.

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