Moradores e apaixonados pela praia do Gravatá estão se mobilizando para neste domingo (15), promoverem um abraço simbólico no local. A programação inicia ás 9h, na Praça Seival, no Mar Grosso, após todos farão uma trilha até a praia, considerada um dos principais atrativos de Laguna. O Movimento Cultural e Natural de Laguna é um dos organizadores do ato, juntamente com associação de surfe e admiradores da natureza.
O abraço está programado para às 11h, na beira-mar entre as encostas que protegem a praia do Gravatá e atraem turistas de várias partes. “Vamos mostrar nosso respeito pelo meio ambiente e, principalmente, pelo nosso patrimônio e a vontade popular”, disse o vereador Eduardo Carneiro, que apresentou emendas para transformar o local em um Parque Municipal Natural Morro do Gravatá dentro do Plano Diretor, mas foi rejeitada.
A medida é uma solicitação para preservar o local e deixá-lo intocável. Na quinta-feira (12), os vereadores derrubaram o veto do prefeito Everaldo dos Santos em primeira votação, autorizando a urbanização na área protegida. A emenda está dentro do Plano Diretor que recentemente foi discutido e recebeu emendas dos parlamentares, ocasionando revolta popular, manifestações por toda a cidade, recomendações do Ministério Público e abaixo-assinado.
Longe do agito, apenas o som do mar e dos pássaros
Ao sul de Laguna estão as praias mais isoladas e calmas da região, dentre elas, a praia do Gravatá.
Local preservado com natureza característica das encostas catarinenses. Pouco visitada e oferece uma vegetação influenciada pelo mar e o vento. Frequentada por surfista, praticantes de caminhadas e trilhas. Gravatá tem o nome originário de uma flor, da família das bromeliáceas, epífitas e terrestres. Tem flores em tons amarelos e vermelhos.
Chegar de carro até ela é impossível. A praia é frequentada por famílias que fogem do agito dos balneários da região.
A praia guarda a vegetação densa na face voltada para o continente e de restinga na porção virada ao mar aberto, e nesta o grau de salinidade é elevado. Em locais a vegetação é rasteira com verdadeiros gramados cercados por rochedos escarpados.
O acesso é pela rodovia estadual SC-100, passagem para o Farol de Santa Marta.
Para chegar até os pequenos pedaços de paraíso, dica dos aventureiros, um tênis, protetor solar, repelente, água e não ter pressa para chegar nem ir embora.
Acesso é pela comunidade pesqueira de Ponta da Barra. Depois de caminhar 15 minutos por uma trilha com mata atlântica, dunas e muitos pés de butiá, o visitante pode desfrutar de uma enseada de 700 metros de extensão. Com uma costa de rochas de embasamento cristalino, que surgiram há 180 milhões de anos, em momentos de fúria e calmaria da natureza.
No caminho, nesta época do ano, não é difícil encontrar os frutos do butiá em cachos amarelados. Fruto símbolo de Laguna.
Chegada pela trilha
De carro é possível chegar até o começo da trilha, no pé do morro do Gravatá e da gruta preservada pela comunidade. Depois seguir o caminho de três quilômetros.
Quem chega por Laguna é preciso passar pela balsa, num percurso de sete minutos e seguir até a comunidade pesqueira localizada em frente ao Porto de Laguna, do outro lado do canal.
Os frequentadores costumam chegar pela manhã e ir embora no final da tarde. Recomendado levar guarda-sol e boné.
Do alto dos rochedos da praia do Gravatá, ao sul dá para avistar a praia da Galheta e ao norte, a praia do Tamborete.
Nestas encostas com ambiente seco, diversas formas de vida conseguem se desenvolver. Atentas corujas cuidam de seus ninhos e trépidas libélulas pousam ligeiras, banquete para os pássaros como joão-de-barro.
Areias selecionadas pela natureza acumulam-se pela força dos ventos norte e sul, que precisam soprar numa velocidade superior a 16 quilômetros por hora para deslocar os grãos. As plantas que conseguem fixar as raízes, têm caules longos. Comum encontrar a planta salsa-da-praia (Ipomea pescapre) e o feijão-da-praia (canavalia rosea) neste ambiente com altas taxas de salinidade e escassez de nutrientes.
De carro
Saindo do centro do município ir pela avenida prefeito Guimarães Cabral, seguir pela rua da Balsa, atravessar o canal, seguir 20 metros pela SC-100, entrar à esquerda, o visitante poderá avistar a lagoa do Noca e ao lado o encontro da água da lagoa Santo Antônio com o oceano, chamado o canal da Barra.
O visitante vai chegar até a localidade da Ponta da Barra. Ao chegar no restaurante Boião e Geraldo entrar á direita. Seguir até o final da rua. Depois o caminho é a pé pela mata fechada, em seguida entrar á esquerda em direção a praia.
De ônibus
Utilizar a linha Mar Grosso – Cabeçuda – via Pontal. Desembarcar na parada do Molhes. Botes estão à disposição dos visitantes para atravessar o canal.
Já na comunidade da Ponta da Barra seguir até os restaurantes e entrar à direita. No final da rua vai encontrar o início do caminho, á esquerda, ao lado da gruta. O trecho também é usado pelos moradores para chegar até o cemitério local.
Ao atravessar uma pequena ponte de concreto o visitante deve seguir à direita já entrando na trilha. Primeiro vai passar por uma pequena porteira ( utilizada para não deixar o gado passar) mais um pouco de caminhada vai encontrar outra porteira entrar e seguir em direção a praia.